regulus black

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Atualmente - Nova Iorque 

Um grande barulho, pessoas por todo o lado, dentro de carros, lojas, no meio da rua. Risadas de um lado, gritos em outro, pessoas felizes, outras tendo suas coisas levadas. No meio disso tudo estava Sirius Black em seu apartamento no coração da cidade de Nova Iorque.

Sentado de frente para sua janela que cobria toda a sala, ele conseguia ver todas as pessoas abaixo dele, podia visualizar cada uma que passava pela rua, mas só uma delas iria acabar em sua cama.

— Escolhendo seu cardápio? – Ouviu a voz de seu irmão Regulus, nem se preocupou em entender como ele tinha entrado em seu apartamento, até porque não se importava muito.

— Oi, irmão. – Se virou para Regulus, ainda sentado — Finalmente sentiu minha falta?

— Você não viu minhas ligações? – E Sirius realmente não tinha visto, seu celular estava desligado o dia todo. Estava tendo um dia cansativo e não queria falar com ninguém.

— Estava muito ocupado.

Realmente estava. Sua viagem até Nova Orleans tinha durado uma semana inteira e tinha retornado para seu apartamento naquela manhã e mesmo assim, estava ocupado com suas paranoias e teorias, que aumentou no momento que ouviu a voz do seu irmão.

Os irmãos Black não se viam a pelo menos três anos, o que não era comum já que ambos costumavam se encontrar pelo menos uma vez por ano, mas desde que Sirius tinha voltado de uma das suas viagens três anos atrás sentia que não podia ser visto com Regulus, então sempre que seu irmão tentava contato, ele ignorava. Não porque queria, mas porque precisava.

Alguém estava atrás de Sirius e ter Regulus por perto só o colocaria em perigo. 

"A casa verde musgo em sua frente o fazia lembrar de quando corria pelas ruas de Nova Orleans e em como se sentia livre e seguro fazendo isso. Suas lembranças se intensificaram quando viu a senhora abrir a porta. Seu cabelo ruivo segurava uma boina amarela, seus olhos castanhos, como sempre acolhedores. Sorriu quando viu o homem parado na frente de sua casa.

— Sirius, meu querido.

— Molly – seus passos eram rápidos. Estava com saudade da pessoa que mais o acolheu quando chegou naquela cidade. Se abraçaram por alguns minutos, mas logo entraram na casa. Estava como Sirius lembrava.

— O que você precisa? – Molly perguntou enquanto seguia para a cozinha, pronta para preparar um chá para os dois — Sei que não ia aparecer aqui se não fosse importante.

— Preciso da sua ajuda.

Foi quando Molly largou sua chaleira e apenas se sentou na mesa puxando uma cadeira para Sirius. O ver com aquele olhar de desespero e preocupação sempre a deixava alerta, até porque o homem nunca levava seus receios para a mesma.

— Pode ver como anda Regulus? – Assim que ouviu o nome do irmão, a aflição e confusão aumentou em sua mente.

— Regulus, querido? – Pegou em sua mão — Ele estava aqui na última semana procurando por você. Está acontecendo alguma coisa?

— Tem algo me preocupando. – Confessou — Sinto que tem alguém atrás de mim, mas não consigo sentir quem é.

Não era comum para Sirius, seus sentidos nunca falharam. Ele sabia disso e Molly também.

A ruiva alcançou uma das suas velas que estava no armário ao lado, a posicionou e ascendeu. Sussurrava palavras em um outro idioma que Sirius não entendia, mas ele mal se importava porque sabia que Molly sabia o que estava fazendo. 

— Tem algo estranho. – Sua expressão mudou completamente, estava inquieta. — Não consigo ver nenhum rosto, só um nome. Lupin.”

Três anos se passaram. Nenhum Lupin apareceu e por um momento Sirius pensou que estava louco, mas aquela sensação ainda estava com ele, o perseguia a cada movimento que fazia.

— Temos que voltar pra Londres. – Sua atenção voltou para seu irmão no momento que ele falou. 

— Achei que você já estava lá.

— Moldávia.

A ideia de voltar para Londres não o agradava, ainda mais por todo sua família morar lá, mas Sirius sabia que Regulus não iria atrás dele para voltarem para aquela cidade se não fosse algo, no mínimo, relevante para os dois.  

— Por que eles precisam da minha presença? 

— Walburga morreu.

Por um momento, o silêncio preencheu todo o apartamento. Sirius não conseguia ouvir nem mesmo o barulho que vinha lá de fora. Walburga morreu. Morreu.

— Morreu? Como? – Sua curiosidade tomou conta de sua mente, mas passou no momento que caiu sua ficha. Walburga estava morta! — Não me conta. Vamos abrir um vinho e comemorar!

Por um momento, tudo ao seu redor parecia motivo para se estar feliz. De repente o céu estava mais estrelado, o vinho estava mais gostoso e seu irmão estava bem ali na sua frente. 

Pensou até que toda aquela sensação de perseguição fosse pela sua mãe, mas agora não seria mais um problema porque ela estava morta. Morta e agora ela que iria viver uma vida no inferno, não Sirius e Regulus. 

Mesmo feliz, seu rosto estava prestes a explodir, sentia ele ardendo mas sabia que continuava pálido. Sirius queria chorar, não sabia se era porque estava aliviado ou porque mesmo com a morte de sua mãe, ela ainda era sua mãe e agora ele não teria uma figura materna, mesmo que tudo que Walburga fazia fosse uma performance.

Seu corpo se rendeu e ele caiu novamente na poltrona. Regulus tentou se aproximar, mas sabia que respeitar o espaço do seu irmão era a melhor opção. 

— Vamos para Londres. 

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⏰ Última atualização: May 30 ⏰

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