Não lembro qual foi o momento em que paramos de conversar e começamos a observar Vitor e a moça trocar salivas em movimentos que o fazia levar as mãos dele do pescoço dela até os peitos fartos, apalpar e depois voltar ao pescoço. Percebi o homem ao meu lado passar os dedos da mão direita no volume entre as próprias pernas e morder os lábios.
Eu senti meus olhos pesarem e o calor aumentar, por algum motivo meu coração parecia dançar carnaval, senti mais sede e bebi outra lata de um gole só. O homem riu e se encostou mais em mim, pude sentir seu calor e seu odor de homem misturado com malta, também pude ver suas pupilas dilatadas. Naqueles olhos eu vi Chico rindo quando ficava de pau duro por estar em uma viagem muito louca em algum lugar de sua fragmentada mente. Sorri, na verdade, gargalhei sem saber o motivo e até babei.
Aquele homem brilhava, seus dentes pareciam pedaços de vidro rosa que me mordiam todas as vezes que eu gargalhava. Ele passou a mão na minha baba e lambeu, depois começou me alisar pelo pescoço, quando percebi estava nua em um sofá sujo e de pernas abertas. Vitor se levantou puxando a garota e sumiram dentro do quarto.
— Relaxa. — Ouvi o homem sussurrar ao descer os dedos pelo meu peito até entrar em mim.
Eu já estava molhada e não havia percebido, se gemi com dois dedos foi pela saudade de sentir algo mais roliço e petrificado. Ele pegou minha mão e colocou em cima do pau que estava brigando para sair, alisei sorrindo como uma menina traquina e quando ele colocou seu desejo para fora, cai de boca.
Ele não gemia, parecia que estava morto, mas eu babei cada centímetro daquele pedaço de carne com cheiro de macho. Senti os dedos afundar em meus cabelos e pressionar a cabeça para baixo enquanto a cintura subiu; engasguei. Quando a boca cansou, a mão entrou para terminar o trabalho. O jorro do gozo foi direto no meu rosto, me ergui para beijá-lo, mas ele se afastou vestindo as calças, se levantou e foi embora.
Caralho, eu era a festinha da vez, de novo? Podia ter me dito pelo menos seu nome.
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