𖣔 Telas em Branco (หน้าจอว่างเปล่า) - [AGE GAP] CONCLUÍDA 𖣔

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𖣔 Telas em Branco - Ep. 18 𖣔

— Yoko, Yoko!

— Me deixa, Yut! — esquivou-se do garoto desesperado. — Eu não quero nunca mais te olhar na minha vida. Finja que não existo.

— Yoko, me desculpa! Eu estava chapado! Não tinha mais consciência! Me escute!

Desde que amanheceu que Arpatsara era incomodada pelo Kasen com mensagens insistentes e tentativas de comunicação inúteis. Para salvar seu psicológico, procurou bloquear qualquer meio de contato que ele possa tentar futuramente e até mesmo pediu para Park Seo-Joon sempre sentar ao seu lado nas aulas que teriam juntos.

Seo-Joon era mais amigável e suportável do que Yut Kasen.

E naquele momento atravessava o campus da universidade à procura de seus amigos que combinaram em almoçar juntos antes das aulas à tarde deles para evitar que Yoko se esbarrasse com o tal aluno obsessivo e entregar uma mochila com pertences pessoais e mudas roupas para a jovem Arpatsara. Agora entendia o motivo de Faye ficar tão preocupada com sua pessoa naquela manhã que acordaram após às 9h da manhã, mas decidiram não sair do apartamento.

Ficaram mais algumas horinhas abraçadas na cama entre lençóis com Faye cuidando de sua menina com carinhos e beijos na bochecha sem esquecer de afagar os cabelos compridos da mesma que se aconchegava no pescoço dela não ligando para os poucos minutos que sobraram para tomar banho.

Só queria ficar no colo de sua amante.

Yoko suspirou estancando seus passos para a surpresa de Yut.

— O que eu preciso fazer pra você largar de mim? — virou-se para ele.

O jovem Kasen mantinha aquele mesmo olhar determinado como se ela fosse um desafio para ele conquistar e não carinhoso com aquele toque de cuidado e proteção como se ela fosse a única coisa valiosa como o olhar intenso e límpido de Faye.

— Yoko, eu gosto de-

— Não termine essa frase. — o cortou para a confusão do mesmo. — Eu não quero sentir mais pena do que já sinto e muito menos quero sentir mais incômodo. — suas palavras sinceras foram como golpes nele que não sabia como reagir ao rejeito. — Eu tenho uma pessoa. 

— Mas ontem…?

— Ontem foi porque eu estava alterada pela cerveja — mentiu descaradamente. — Eu estava com raiva de uma pessoa por não me dar atenção como eu queria e quis provocar indo naquela festa. — escutar Yoko foi como ter um momento de lucidez lembrando de como um desconhecido o desafiou na noite passada. — Mas me arrependi.

Kasen não conseguia lembrar do rosto (impossível de ver pela máscara e boné) e isso o irritava. Lembrar que se sentiu amedrontado por um estranho, ou possivelmente por um homem estranho e esquisito, era no mínimo frustrante e decepcionante. Se sentiu usado no mesmo segundo que a fitou descrente.