13 | Italianozinho

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Giullia

- eu preciso ir - igo, me levantando do seu colo e catando minhas roupas espalhadas pelo lugar

- vou pedir pro Lorenzo levar você - ele diz, me seguindo com o olhar - ou você pode ficar aqui assim, eu adoraria - acrescenta, me olhando de cima a baixo com um sorriso malicioso. Dou risada

- lembra do acordo? Sexo e nada mais - digo, enquanto termino de vestir minha blusa. Ele sorri de lado, aquele sorriso que sempre me deixa desconcertada

- acho que algumas regras precisam ser estipuladas - ele diz, já de pé, começando a se vestir também

- tipo? - pergunto, curiosa, enquanto ajusto a blusa no corpo

- 1. Quando a gente estiver fodendo eu mando - ele diz, se aproximando de mim, seus olhos fixos nos meus - 2. A gente pode transar com quem a gente quiser - continua, já na minha frente. Ele me carrega com facilidade e me coloca em cima da mesa de sinuca - 3. Não se apaixone por mim - ele diz, e eu levanto as sobrancelhas em deboche - 4. Eu não sou romântico e nem pretendo ser então não espere isso de mim - ele acrescenta, seu tom sério - e 5. Tudo que quiser aprender sobre sexo eu te ensino

- tudo? - pergunto, curiosa, e ele confirma com a cabeça - e se tiver coisas que você não pode me ensinar?

- impossível - ele responde, confiante

- até como foder outra mulher? - pergunto, observando a surpresa em seus olhos

- eu... - ele gagueja, e eu começo a rir - porra Giullia, fiquei até feliz que existia a possibilidade de um menage

- cala a boca Dante - digo ainda rindo, e o empurro, descendo da mesa enquanto ele ri também - eu preciso ir, até amanhã babaca - digo, pegando meu casaco e me dirigindo para a porta

- até amanhã princesa - ele diz, irônico, e eu mando o dedo para ele enquanto subo as escadas, ouvindo sua risada ecoar atrás de mim

A noite está fria e sinto um arrepio quando o ar gelado me atinge assim que a porta se abre. Ando calmamente até a entrada da casa, sentindo o vento gelado contra minha pele. Vejo Lorenzo me esperando, encostado no carro, com um sorriso acolhedor

- podemos ir Senhorita Matthers?

- só Giullia Lorenzo, me sinto uma velha quando me chama assim - respondo, e ele ri, balançando a cabeça

- tudo bem Giullia - diz, abrindo a porta do carro para mim. Entro, agradecendo - conseguiram terminar o trabalho?

- conseguimos sim - respondo, tentando mudar de assunto - você trabalha pra eles a muito tempo?

- 10 anos - Lorenzo responde, me deixando surpresa - vim com eles da Itália quando tinha 18 anos, conheço o Dante a muito tempo

- como aguenta? - pergunto, e ele ri, o som ecoando pelo carro

...

- merda - digo alto quando já estamos na rua da minha casa

- algum problema?

- eu esqueci minha mochila e o meu celular lá

- posso trazer assim que deixar a senhora, quer dizer, você

Meu Parceiro de Química 🧪Onde histórias criam vida. Descubra agora