32 | Lembranças

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Maratona 3/6

Giullia

Assim que nossos lábios se encontram, fecho os olhos e mergulho na sensação. O gosto do whisky misturado ao dele é inebriante, um contraste intenso que se espalha pela minha língua. Suas mãos deslizam pela minha cintura, puxando-me com firmeza para mais perto. Nossos corpos se colidem com uma brusquidão quase desesperada, e logo sinto suas mãos subirem para o meu pescoço, segurando-me com força e guiando o beijo. É impossível negar: nunca experimentei um beijo tão envolvente quanto o dele. A sensação familiar no meu ventre reaparece, mas tento ignorá-la, mesmo sabendo que é em vão. A verdade já está clara para mim: eu sou apenas um pedaço de carne para Dante, e está tudo bem assim. Não quero mais do que isso vindo dele.

- vão pra um motel! - alguém grita do outro lado da rua, e somos interrompidos, separando nossos lábios com dois selinhos rápidos

- é uma ótima ideia - Dante diz, com um sorriso malicioso que me faz rir, apesar da situação

- eu não vou transar com você hoje babaca - retruco, tentando manter minha seriedade - quero ir pra casa

- faltam 2 minutos pra amanhã - Dante diz de um jeito sugestivo, um sorriso malicioso no rosto, e a provocações dele me fazem rir

- primeiro que eu estou um pouquinho bêbada - explico, e ele levanta as sobrancelhas de forma debochada - segundo, não. Me leva pra casa?

- vem - ele responde com um tom decisivo, colocando a mão na minha cintura e guiando-me para o estacionamento onde seu carro está

Enquanto caminhamos, vemos um casal encostado em um canto, se beijando apaixonadamente. Assim que Dante destrava o carro, eles saem rapidamente, quase como se estivessem fugindo.

Abro a porta do carro e me acomodo no banco do passageiro, já colocando o cinto de segurança e encostando a cabeça na janela. Dante entra no carro e, quando ele liga o motor, coloco meus pés em seu colo, sentindo o alívio imediato

- me ajuda a tirar? meus pés estão doendo - peço, tentando me acomodar melhor

Ele ri, sacudindo a cabeça em um gesto de descrença, e começa a tirar minhas botas com cuidado

- obrigada Isauro - digo, um pouco brincalhona

- quem é isauro? - ele pergunta, claramente confuso, e eu não consigo evitar uma gargalhada

- longa história babaca

...

- gostosa... - Dante diz beijando o meu pescoço e massageando meus seios enquanto me penetra lentamente

- Dante...

- oi amor - continua beijando meu pescoço e me estoca com força me tirando um gemido - é isso que quer? - pergunta e eu balançando a cabeça positivamente - pede - ordena com a voz rouca e para os movimentos

- porque você...

- pede - diz e olho nos seus olhos

Meu Parceiro de Química 🧪Onde histórias criam vida. Descubra agora