39 | Trabalho

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Giullia

Já faz algum tempo desde que a corrida terminou, e estamos bebendo e conversando sobre as últimas fofocas da escola e das novidades da escola da Madeleine. Dante saiu com Lorenzo há cerca de 10 minutos, mas quando olho para o lado, vejo Dante voltando. Ele está com a jaqueta jogada sobre o ombro, revelando as tatuagens intricadas no braço e no pescoço

Gostoso. Muito gostoso.

E parece que não sou a única a notar isso. Várias garotas ao redor viram a cabeça para observá-lo passar. Com seus 1,88 metros de altura, suas tatuagens, cabelo preto e olhos verdes, ele certamente chama a atenção de qualquer pessoa

Meu celular vibra no bolso, e eu o pego para ver que é o número da minha mãe. Jogo a cabeça para trás e suspiro

- o que foi? - ouço a voz da perdição e quando olho pra frente ele está parado ali, a poucos centímetros de mim

- minha mãe - digo, mostrando a tela do celular para ele - preciso ir

- eu te levo - Dante oferece, e eu confirmo com um gesto de cabeça - já vamos - ele diz para o grupo, que está imerso em suas próprias conversas e não presta atenção na nossa saída

Caminhamos até a moto de Dante, que está estacionada um pouco mais adiante. Eu paro abruptamente, fazendo com que ele colida levemente comigo

- porque parou?

- vamos de moto? - pergunto, um pouco preocupada

- tá com medo? - ele diz sorrindo

- claro que não - respondo na defensiva, cruzando os braços. Ele também cruza os braços e me olha, um sorriso no rosto - tá, um pouco, promete que não vamos cair e que não vai pilotar a 300km/h?

- prometo - ele diz, ainda sorrindo, e eu me perco no olhar dele por alguns segundos

Dante sobe na moto e estende a mão para me ajudar a subir também

- Você vai prender suas pernas aqui - ele diz, passando as mãos pela minha coxa e deslizando até meus joelhos, ajustando-os ao lado do corpo dele. - E suas mãos - ele move minhas mãos para frente, posicionando-as no seu abdômen - ficam aqui. Vou devagar porque é sua primeira vez. Da próxima vez, vai ser como eu realmente ando

- isso me lembra alguma coisa - digo, sorrindo, e ele olha para mim por cima do ombro, também sorrindo.

Dante volta a olhar para frente e dá partida na moto, que emite um barulho alto e instantâneo. Em poucos segundos, ele começa a se mover, e eu me agarro a ele com um pouco mais de força quando chegamos à pista e ele acelera.

O vento frio atinge meu corpo, causando um arrepio. Uma sensação deliciosa de adrenalina misturada com a segurança que Dante me transmite começa a se instalar. E, no final das contas, Madeleine estava certa: ele sabe o que está fazendo.

Em no máximo 20 minutos, Dante para em frente à minha casa e me ajuda a descer da moto, com um pouco de desajeito da minha parte

- Não ria de mim - eu digo, cruzando os braços, enquanto ele desce da moto e solta uma risada

- Eu não estou rindo - ele tenta parecer sério, mas o sorriso ainda aparece em seu rosto

- Eu tô vendo, babaca - respondo, com um tom brincalhão

Meu Parceiro de Química 🧪Onde histórias criam vida. Descubra agora