Meu Parceiro de Química 🧪

35 | Festa do pijama

Maratona 6/6

Giullia

- e minha

Abro os olhos, sentindo meu coração acelerar com a intensidade das palavras dele. Nossos olhares estão entrelaçados, e a cada segundo que passa, nossos corpos se aproximam mais. Sua mão continua acariciando minha bochecha com um toque gentil, enquanto a outra repousa firmemente em minha cintura, pressionando com uma força que demonstra sua vontade de me manter ali, imóvel e próxima

- você é minha - ele repete, seu olhar penetrante permanecendo fixo no meu. As palavras reverberam dentro de mim, e sinto minhas entranhas se contorcerem mais uma vez, um turbilhão de emoções me envolvendo

O olhar dele é profundo e intenso, e eu o encaro da mesma forma. Todos os sentimentos que tive nos últimos dias voltam com uma força renovada, e cada momento em que senti borboletas perto dele ressurge em minha mente. Mas o pensamento que domina todos os outros é da primeira vez que nossos lábios se tocaram, uma memória que parece estar gravada em meu cérebro

- eu sou sua - eu digo, minha voz carregada de sentimento. Ele fixa os olhos na minha boca, e eu posso sentir a proximidade de nossos rostos - sou sua desde o dia que me beijou a primeira vez Dante

Ainda olhando para minha boca, ele aproxima nossos rostos e roça seus lábios nos meus. No entanto, antes que nossos lábios se encontrassem, ouvimos um leve toque na porta, interrompendo o momento carregado de expectativa

- Giullia! - Ouço a voz de Elena do outro lado da porta, clara e impaciente

Dante encosta a cabeça em meu ombro com um suspiro frustrado, e eu me esforço para segurar o riso diante de seu gesto dramático. Seu desânimo é quase cômico

- estou terminando o banho! - Eu grito de volta, tentando manter a voz calma e controlada - já estou descendo

- você viu o babaca? - Elena pergunta, e Dante faz um sinal negativo com a mão, ainda repousado no meu ombro

- depois que conversamos ele disse que precisava sair rapidinho - minto

- mas e a festa do pijama? - Elena questiona, sua voz soando um pouco triste, como se a idade dela finalmente estivesse aparecendo

- ele não vai demorar, prometo, ele não perderia sua festa do pijama, sabe disso não é? - Eu tento tranquilizá-la

- sei - ela responde, e, de repente, seu tom de voz muda para algo mais brincalhão - ainda mais tendo você aqui, de pijama... - diz e gargalha

Dante tenta conter o riso, olhando para mim com um sorriso divertido. Eu reviro os olhos, mas não posso evitar um sorriso também

- não demora Giullia! A Ella e o Anthony estão quase se matando lá embaixo por causa da porcaria de uma pipoca - Elena continua, sua voz agora carregada de urgência

- já estou indo - digo rindo

Ouvimos os passos dela se afastando, e Dante me encara com um sorriso malicioso

- nem vem, a gente acabou de transar e sua irmã está nos esperando

- e daí? Preciso de mais - ele responde, com um tom desafiador

- cala a boca babaca - eu digo, dando-lhe um leve golpe com a toalha. Em seguida, saio do box, me dirigindo rapidamente para fora - é melhor pular a janela e chegar pela porta da frente

le sai do box e pega uma toalha extra, enrolando-a na cintura com um gesto rápido e seguro. Meus olhos acompanham o movimento, e eu noto uma tatuagem que nunca tinha reparado antes: uma cobra sinuosa envolvendo algo que não consigo identificar de imediato. A tatuagem está posicionada próxima à sua entrada, e eu sigo o contorno com o olhar