Animais Fantásticos: Sereias E Onde Habitam | Newt Scamander

Capítulo XII

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      Horas depois, quando a esperança começava a desvanecer-se na cela escura e úmida, um estrondo ecoou pelos corredores do subsolo. Passos rápidos e decididos se aproximaram, seguidos por vozes familiares que ecoavam pelos corredores vazios.

O som de varinhas sendo empunhadas contou o ar e, de repente, uma luz brilhante iluminou a grade da cela onde eles estavam presos.

— Newt, Jacob, Teseu! — gritou uma voz feminina, seguida por outra voz profunda e reconhecível. — Abram caminho!

Lally usava um vestido turquesa que brilhava com uma aura mágica única, enquanto Dumbledore, com seu smoking e sua barba agora um pouco mais longa e mais branca, emanava uma calma e poderosa presença. Os três amigos, presos na cela escura, mal podiam acreditar no que estavam vendo.

— Lally! Dumbledore! Como... o que vocês estão fazendo aqui? — perguntou Newt, sua voz carregada de surpresa e alívio.

Lally apontou a varinha para a grade da cela e murmurou um feitiço, quebrando-a com facilidade. As portas se abriram, revelando os três amigos ainda atordoados.

— Nós viemos aqui para ajudar. Queenie entrou em contato conosco, disse que vocês provavelmente estavam em apuros.  — explicou Lally, com um sorriso tranquilizador. — Vocês estão aqui há quase vinte e quatro horas... — silabou a última parte, ainda impressionada pelo tempo em que eles haviam ficado ali dentro.

Dumbledore se aproximou, seu olhar era penetrante porém amigável, avaliando a situação enquanto observava os três  se levantarem.

— Estamos cientes do que aconteceu por aqui. Sabemos sobre Genevieve também. Mas não sabemos os motivos para tudo isso... Embora eu sinto que vocês já tenham descoberto e que logo irão nos explicar. — disse Dumbledore, com sua voz profunda e oblíqua.

Teseu, ainda um pouco atordoado, olhou para Dumbledore concordando com sua fala, e com gratidão.

— Pois é, já sabemos...E obrigado por vir, Professor. Não sabíamos como sairíamos dessa. Quando sairmos daqui, teremos uma longa conversa e esclareceremos tudo. — disse ele, com um leve sorriso.

Jacob, abraçando Lally em um gesto de gratidão, olhou ao redor.

— Mas como vamos encontrar Vieve agora? E como vamos escapar deste lugar? — perguntou ele, com urgência na voz.

— Primeiramente, suas varinhas. — Lally entregou-as a eles.  

— Como conseguiram? — Newt perguntou.

— Não faça perguntas difíceis. — Alvo respondeu, dando-lhes uma piscadela.

Newt lhe deu um sorriso, agradecido pela ajuda.

Em seguida, Dumbledore olhou para cada um deles com mais seriedade agora.

— Vamos começar encontrando uma saída segura. Lally e eu já temos um plano para isso — disse ele, com confiança.

Lally assentiu, e com um gesto de sua varinha, criou um feitiço de desilusão ao redor deles, camuflando suas presenças enquanto se moviam pelos corredores do subsolo do prédio.

— Sigam-me de perto e não façam barulho. Temos que agir rapidamente antes que descubram nossa presença — sussurrou Lally, guiando-os pelas escadas e corredores.

Enquanto se moviam silenciosamente pelo labirinto de corredores, eles encontraram alguns guardas com suas varinhas apostas, que Lally e Dumbledore rapidamente neutralizaram com feitiços desarmantes e de desorientação.