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Katrina continuava a caminhar, o calor do fim de tarde ardendo sua pele através do tecido fino do vestido

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Katrina continuava a caminhar, o calor do fim de tarde ardendo sua pele através do tecido fino do vestido. O som da multidão ao seu redor era abafado, quase distante. De repente, seu celular vibrou no bolso da saia. Com um suspiro, o tirou e atendeu sem olhar quem era.

─── Alô, Katrina – a voz do outro lado era inconfundível. Suas pernas travaram de imediato. ───  Você vai fazer o seguinte. Tem uma porta atrás de você. Tem cinco segundos.

─── Não – sua resposta foi rápida, os olhos varrendo a multidão freneticamente.

─── Ou seu irmão morre – a ameaça fez seu sangue gelar. Olhou para Jeremy, distraído na mesa de comidas, e viu o homem que a atacara antes, alguns passos atrás dele. ─── Eu quebro o pescoço dele tão rápido que ninguém vai notar. Anda!

─── Não encosta nele! – sua voz saiu carregada de raiva enquanto dava passos hesitantes para trás.

─── Continua andando – a ordem veio com um tom impaciente. Katrina acelerou o passo quando viu o homem começar a se mover também. ─── Passa pela porta.

Desligou o celular e, com o coração disparado, correu para a porta indicada.

É assim que eu vou morrer então? O pensamento a atravessou enquanto corria desesperadamente pelo corredor. Virou à esquerda, avistando uma porta no final. Correu ainda mais rápido, mas ao chegar, encontrou-a trancada.

Segurou um grito de frustração quando viu a sombra dele se aproximando pelo reflexo do vidro. Bateu na porta com raiva e correu para outra, que só notou naquele instante. Entrou no refeitório, os olhos procurando desesperadamente uma saída. As grandes portas também estavam trancadas.

Ele abriu as portas atrás dela, e antes que pudesse correr novamente, sentiu seu aperto firme no braço. Foi lançada com força sobre uma mesa, caindo no chão com um impacto doloroso. Mordeu o lábio para conter um gemido ao sentir uma pontada no joelho. Levantou o olhar, vendo a mesa derrubar papéis e lápis, dois dos quais caíram à sua frente.

Sem pensar, agarrou os dois lápis e, quando ele a puxou de novo, cravou um na sua barriga. Ele recuou, dando-lhe tempo para cravar o outro em seu ombro. O vampiro olhou para baixo, incrédulo, e Katrina aproveitou para chutar sua barriga com força.

Ele deu alguns passos para trás, e ela sentiu algo no pé. Outro lápis. Abaixou-se rapidamente, pegando-o. Quando levantou, viu a mão dele vindo em sua direção. Reagiu por instinto, espetando o lápis em sua mão. Com um chute no joelho, ele se desequilibrou, e ela se afastou, batendo em algo.

Apoiou-se no carrinho de limpeza para não cair e seus olhos brilharam ao avistar um esfregão. Tirou-o rapidamente, e com um golpe do pé, quebrou-o, transformando-o em uma estaca improvisada. O vampiro sorriu malignamente enquanto se aproximava.

─── Você acha que pode me deter com isso? – ele zombou, avançando.

Katrina tentou usar a estaca, mas ele segurou sua mão com força e a arrancou dela, jogando-a para o outro lado do refeitório. Recou instintivamente, mas ele foi mais rápido, segurando sua cabeça com força. Fechou os olhos, esperando a dor, mas ela não veio.

As Irmãs Gilbert || [PAUSADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora