Capítulo 8

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O Luna Park estava fechado durante a noite, mas alguns dos brinquedos ainda brilhavam onde se alinhavam ao longo do calçadão de Coney
Island. Com o outono avançando gradualmente, o vento tinha uma mordida fresca, mas o verão ainda estava presente, trazendo o cheiro de areia quente e água salgada. Exceto por um punhado de pessoas dormindo em bancos e um rato ocasional correndo para pegar pedaços de pipoca e crostas de pizza caídas, o calçadão estava vazio de vida, silencioso o suficiente para ouvir as ondas quebrando perto, o chiar da caiação.

Jonas caminhava ao lado dela com as mãos cruzadas nas costas, olhando fixamente para a frente, ocasionalmente murmurando frases para si mesmo. Eu não deveria estar fazendo isso parecia ser o seu favorito, com você enlouquecendo vindo em segundo lugar.
Eu tenho uma hora.

Esse era o seu murmúrio favorito até agora.
Ele não disse: - Você tem uma hora. - Ele disse: - Eu tenho uma hora.
E talvez, apenas talvez, isso significasse que ele estava gostando de estar com ela, mesmo que parecesse que estava sendo fervido vivo em uma cova de óleo quente.

Uma garota poderia sonhar.

- Uma hora - ela murmurou agora. — E então eu não vou te ver de novo?

Sulcos se formaram entre suas sobrancelhas. - Correto.

Ela ignorou a pontada em seu peito. - Esta é uma oportunidade única então.

Ele parecia relutantemente intrigado. - Como assim?

- Desde que nós nunca vamos ver um ao outro depois desta noite, podemos dizer as coisas mais estranhas em nossas mentes sem medo de reviver o embaraço cada vez que nos encontramos. Talvez eu possa até mesmo passar os segredos do sexo feminino. Você não está curioso por que as mulheres abrem a boca quando aplicam rímel?

- Não até agora. Por que elas fazem isso?

- É reflexivo. Quando a mulher tenta não piscar, o nervo oculomotor é ativado, disparando o nervo trigêmeo que abre a mandíbula. Boca aberta significa não piscar - e nossos corpos fazem isso naturalmente. - Ela sorriu para ele. - Você não está feliz por ter vindo nesta caminhada?

Ele riu, o som pleno e profundo fazendo-a pensar em adegas subterrâneas e nas seções escuras e menos viajadas de uma biblioteca.

- Vai ser impossível esquecer -, disse ele, parecendo de repente sem palavras.

- Por quê?

- Nada -, ele respondeu, olhando para ela com curiosidade. - Eu simplesmente não consigo me lembrar da última vez que ri... Sem me obrigar a fazer isso por educação.

- Você é sempre educado?

- Eu não diria isso, mas sempre procuro fazer o que é apropriado. A coisa certa. - Baixinho, ele disse: - Normalmente, de qualquer maneira.
Ginny parou, algo terrível lhe ocorrendo.

— Você é casado? É por isso que você não deveria estar fazendo isso? Você disse que tinha colegas de quarto e eu presumi que isso significava que você era solteiro...

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