Capítulo 21

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- O que acontece quando você as quebra?

- Excomunhão. Morte. Misericórdia ocasional. Depende do humor em que a Alta Ordem se encontra em um determinado dia.

- Oh. - Ao ouvir a palavra morte, Ginny parou e se virou tão rápido que perdeu o equilíbrio, o calcanhar escorregando no carpete velho e gasto. Seus pés balançaram embaixo dela, mas antes que ela pudesse se preparar para pousar com força, seguida pela inevitável queda de bunda, ela se viu no telhado ao luar, embalada no peito de Jonas..

- O que acabou de acontecer? Como chegamos aqui tão rápido?

- Eu peguei você. - Esmeraldas cintilaram em seus olhos.

- Seria sensato da sua parte se lembrar com que facilidade.

Seu pulso bateu em seus ouvidos. - O que isso significa?

- Significa... - Ele parou com um som frustrado, colocando Ginny de pé, mas parecendo relutante em se afastar completamente.

- Isso significa que existem razões pelas quais vivemos de acordo com um conjunto de regras. Estão escritas em pedra porque mantêm pessoas como você seguras e evitam que sejamos descobertos.

Ela balançou a cabeça. - Estou segura com você, não estou?

Uma pausa se seguiu. - O que a trouxe a essa conclusão?

- Se você quisesse me machucar, você teria feito isso na noite passada.

A resposta dela o surpreendeu, mas apenas momentaneamente.

- Talvez eu tenha uma força de vontade mais forte do que a maioria.

Ele deu um passo mais para mais perto do espaço dela, dando a Ginny uma dose de seu cheiro viciante. Cravo e hortelã.

- Você já considerou que pode haver um limite para isso?

Não, ela não tinha considerado isso e francamente, ela estava começando a questionar sua convicção quando se tratava de Jonas. Ela era realmente tão imprudente a ponto de se colocar em lugares escuros e privados com um homem que poderia claramente dominá-la e matá-la? Ou havia algo quase... Familiar sobre Jonas que a tornava tão confiante em suas intenções?

— Por que você precisa de tanta força de vontade? - Ginny murmurou.

- O que você está se impedindo de fazer?

- Oh, Ginny. — Ele segurou o queixo dela, estudando sua boca com...

Fascinação? Fome? Antes de virar a cabeça para a direita e expor o pescoço ao luar.

— O que não estou me impedindo de fazer?

A velocidade com que seus mamilos endureceram fez Ginny piscar rapidamente. Ela já estava bastante ciente de sua atração por Jonas, mas ele tinha apenas insinuado que queria seu sangue? Ela não imaginou, certo? E em vez de recuar como deveria, uma chama lambeu suas veias como a língua de um dragão. Inesperado, isso.

Muito inesperado.

Ela gostava de membros do sexo oposto antes. Ela até deixou Gordon Collingsworth levá-la ao cinema uma vez - um evento que ele estava ansioso para repetir desde então - mas ela só experimentou uma leve curiosidade quando se tratou de beijar Gordon. Tipo, seria tão pegajoso e úmido quanto as palmas das mãos? Por quanto tempo isso iria continuar? Se ela o deixasse beijá-la na França, ele pararia de implorar para que ela fosse ao jantar de domingo com sua mãe?
Coisas assim.

Não foi uma noite estranha com Gordon. Ela estava em um telhado ao luar com Jonas elevando-se acima dela e a implicação de que ele queria algo dela ainda pairava no ar. Ela vibrou da cabeça aos pés, seus lábios e pescoço formigando sob sua atenção extasiada - e mesmo em seu estado de excitação hormonal, havia uma sensação de finalmente. Finalmente, ela estava lá com ele.

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