Capítulo 11

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Ela não conseguia se lembrar de vampiros fictícios com a habilidade de apagar memórias, mas se vampiros existissem, nada seria mais rebuscado.

- Não. Por favor, não me faça esquecer de você.

- Eu não tenho escolha. Eu sinto muito.

- Não podemos nem ser... Amigos?

- Deus, não.

Ginny se encolheu.

Jonas amaldiçoou. Ele fechou a distância entre eles, deslizando os dedos em seus cabelos, embalando seu crânio, trazendo-a para perto até que suas testas quase se tocassem.

- Você não entende. Eu não posso ser nada para você. E você não pode ser nada para mim. Isso colocaria você em perigo.

As memórias eram sagradas para Ginny. Memórias eram seu estoque e comércio. Todos os dias de sua vida ela testemunhava o valor e a importância delas. Eram tudo o que as pessoas tinham durante os momentos mais difíceis de suas vidas. Roubar memórias parecia o pior tipo de violação. E não só isso, um pecado. Ela as protegeria a todo custo.

Mas como?
Como?

A resposta veio a ela de uma forma óbvia, quase sinuosa. Diga a verdade.

- Você me colocaria em perigo, Jonas? - Ela balançou a cabeça. - Já estou em perigo.
Suas palavras o feriram visivelmente. - Eu disse que não vou te machucar.

- Você não entende. Eu não estou em perigo com você. É outra pessoa.

- Ela molhou os lábios. - Estou correndo sério perigo por outra pessoa.

O verde giratório em seus olhos pulsou e sumiu, seus músculos afrouxando com a rápida perda de apoio invisível. Suas mãos, no entanto, a pegaram pelos braços, segurando-a com firmeza.

- Quem? Diga-me imediatamente.

- Não.

- Não? - Sua confusão era tão óbvia quanto sua frustração.

- Por que não?

Ginny encolheu os ombros. - Volte amanhã à noite e talvez eu te conte.

- Ela estalou os dedos entre eles. - Embora se você apagar minha memória, eu não vou reconhecê-lo. Portanto, definitivamente não vou confiar em você o suficiente para dizer que minha vida foi ameaçada. Mas talvez... Com o tempo você ganhe minha confiança? Eu precisaria de minha memória para isso, não é?

Quando ela se tornou o tipo de mulher que joga jogos mentais com um vampiro?

Esta noite, aparentemente. Mas eles eram realmente jogos mentais se ela estivesse apenas declarando os fatos?

Jonas não estava feliz. - Você vai me dizer neste momento quem te ameaça e eu vou lidar com ela antes do amanhecer.

- Então é verdade, você não pode sair ao sol?

- Não sem virar pó.

— Eu não convidei você para entrar. Acho que isso é um mito?

- Sim. E, por favor, pare de mudar de assunto. Quem pretende prejudicar você?

- Desculpa. Meus lábios estão fechados.

— Uma última chance, antes que eu faça você me dizer.

O alarme beliscou sua espinha. — Como você vai fazer isso?

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