3 - Em meio ao caos

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Chegarão momentos em que não será possível apenas sorrir. Haverá circunstâncias nas quais será necessário enfrentar e tomar decisões difíceis, especialmente quando se encontrar em meio ao caos.

Eu estava em casa com Anna e Hina, preparando algumas delícias para um piquenique que havíamos planejado há algum tempo. No entanto, nem tudo são flores encantadoras e cativantes. A campainha tocou e saí da cozinha para atender a porta, surpreendendo-me com a sua aparição repentina. — Jhope? — Pronunciei seu nome, confuso e um pouco apreensivo.

— Olá, JungKook. Só vim ver a Anna. — Ele sorriu calmamente, enquanto eu sentia a raiva crescer dentro de mim diante da situação.

— Ela está ocupada e acredito que não queira atendê-lo. — Respondi, permanecendo diante da porta.

— A casa é dela, tenho certeza de que ela irá me atender. — Ele soltou um leve sorriso malicioso, e Anna interrompeu o momento em seguida.

— Na verdade, a casa é minha e do JungKook. Se ele disse que você não vai entrar, não irei desrespeitar seu pedido. Primeiro, por respeito às decisões dele; segundo, porque também não quero; e terceiro, porque estamos de saída. — Ela falou com uma voz suave, sorrindo, e eu agradeci apenas com um olhar.

— Tudo bem, eu só queria saber como você está e conversar um pouco.

— Estou bem, Jhope. Mas, como mencionei, estou de saída agora com meu marido, então... — Ela sorriu e subiu para o andar de cima.

— Desculpe. — Dei um leve sorriso, fechei a porta e subi atrás de Anna. Após alguns minutos, nos arrumamos e fomos ao parque fazer o piquenique com a Hina. Deixamos que ela brincasse na grama com outras crianças enquanto ficávamos observando.

— Ela está crescendo rápido... — comentei em voz baixa, observando Hina rir com seus coleguinhas, enquanto ponderava se seria uma boa ideia dar-lhe um irmão ou irmã. — E se... — Parei de falar, deixando meus pensamentos de lado, pois não sabia se você gostaria de ter outro filho ou filha comigo.

— E se o quê? — perguntou Anna, deitada com a cabeça em meu colo.

— Não é nada... Bobagem, meu amor. — Sorri levemente, olhando para ela.

— Pode falar, não tem problema — disse ela, olhando-me atentamente. Soltei um leve suspiro.

— Eu estava pensando em termos outro filho... Claro, se você quisesse... Eu não quero te obrig... — Ela me interrompeu antes que eu pudesse terminar.

— Eu quero. Não há motivo para eu não querer ter outro filho com meu marido.

— Está falando sério? — Sorrio suavemente, feliz.

— Claro que estou. Nossa vida não é apenas feita de flores, mas estamos muito bem juntos. Apesar de todas as circunstâncias, não permitimos que ninguém estrague nossa família ou interfira em nossa felicidade. Eu te amo mais do que palavras podem expressar, Jeon.

— Eu te amo muito. Você é a mulher por quem eu rezava todos os dias, e todos os dias me apaixono novamente por você, Anna.

— E eu? — pergunta Hina, fazendo uma expressão confusa, claramente brincando.

— Você é a princesinha do papai, as mulheres da minha vida. — Ela sorri abertamente.

Dou um beijo em Anna e ficamos observando as crianças brincarem com a Hina. — Obrigado por hoje... — Digo em voz baixa.

— Você nunca interferiu em uma decisão minha, não havia motivo para eu interferir na sua. Antes de tudo, eu respeito você e você me respeita.

— É por isso que damos certo, não é? — Comento, passando os dedos em seus cabelos. — Nós não deixamos nada afetar nosso relacionamento. Tomamos decisões juntos; às vezes, não são as melhores, como colocar refrigerante com sódio — Dou uma leve risada — Mas permanecemos juntos...

Após algumas horas, passeamos pelo parque, fomos à praia e voltamos para casa. Claro, após um ótimo dia, teria um trabalho repleto de caos. Recebo algumas mensagens do Bang solicitando minha presença na empresa e me dirijo para lá, sem saber que teria que trabalhar até de madrugada.

Horas passam e continuo na empresa resolvendo as pendências do dia quando recebo uma mensagem de Anna perguntando se eu não iria para casa. Respondo quase imediatamente, dizendo que vou demorar, e não obtenho resposta.

Duas horas depois, sinto duas mãos nos meus ombros e me assusto, virando rapidamente. — Oh!! — Olho para Anna. — O que está fazendo aqui? São 2h. — Me acalmo e me aproximo dela.

— Sua mãe está em casa com a Hina, e eu vim ficar com você até você terminar. — Ela me abraça e eu retribuo imediatamente.

— Obrigado, meu amor... Não precisava ter vindo, você deveria estar descansando. — Sinto seu rosto se alinhar na curva do meu pescoço, sentindo seu hálito quente.

— Você também deveria, e nem por isso está. — Ela fala, com a voz abafada. — Precisa de ajuda com algo? — Ela pergunta, e nos sentamos.

— Eu estava escrevendo uma nova música e tentando cantar esta aqui. — Mostro a ela. — É de uma cantora dos EUA, e estou ensaiando para o videoclipe. — Ela me entrega um lanche.

— Coma, fiz antes de vir... Este foi o ensaio gravado? — Ela olha o vídeo.

— Obrigado, meu bem. Sim, este foi o primeiro, mas ainda não está bom. Vamos fazer outro ao amanhecer. — Começo a comer e faço uma expressão de felicidade, pois o lanche está delicioso.

— Isso está ótimo... — Ela diz, assistindo e olhando a letra da música. — Em que parte está tendo dificuldade?

— Neste parágrafo. — Mostro para ela.

— Já pensou em trocar? Não está combinando por causa do ritmo. Não é que você não esteja conseguindo, é o ritmo que não está adequado. — Ela me olha.

— Pensei nisso, mas não sei por onde começar. — Continuo comendo, e ela marca alguns parágrafos.

Em alguns minutos, faço novos testes e ensaio novamente várias vezes para encontrar o ritmo certo da música. Conseguimos acertar, mas só voltamos para casa depois das 4h da madrugada. Tomamos banho assim que chegamos e, em seguida, ficamos deitados conversando um pouco.

— Obrigado por ter ido ficar comigo. — Dou-lhe um beijo longo, e ela se aconchega em meus braços.

— Não precisa agradecer, descanse agora. — ela não demora muito para dormir.

08h AM

— Amor? — Ouço Anna me chamar baixinho e apenas murmuro algo. — Jeon...?

— Shwbdu... — Respondo algo indecifrável e volto a dormir. Logo sinto braços ao meu redor.

— Mmm... — Abro um pouco os olhos e vejo Anna na minha frente, me olhando. — Já são que horas? — Murmuro.

— São oito e vinte e cinco, pode dormir mais. — A abraço, me aconchegando nela, e volto a dormir enquanto ela acaricia meus cabelos.

Obrigado por ler até aqui, espero que gostem do cap e em breve tem mais! Desculpem a demora, tô bastante sem tempo 💫

Não esqueça de deixar seu voto e comentar o que achou do capítulo! 🫧

Meu Vizinho Idol - JungKookOnde histórias criam vida. Descubra agora