Capítulo 12

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— Essa é a fortaleza? — Adrien perguntou. Uma torre de pedra solitária se destacava ameaçadoramente à distância. Parecia que tinha saído de um livro de conto de fadas. Alguns licanos entravam e saíam. Demos passos lentos e firmes ao redor do perímetro da torre. Havia uma porta traseira menos vigiada, feita de aço. Um emblema de cavalo estava gravado no centro. — Eles devem ter roubado coisas do Heisenberg. — Adrien comentou enquanto apontava para a porta. — Esse é o brasão de sua família. — Assenti com a cabeça lentamente enquanto puxava o rifle e olhava pela mira. Não havia muitos licanos perambulando pela fortaleza.

— Então... Os licanos provaram ser mais ativos a noite. Fazer o reconhecimento durante o dia seria a melhor aposta. Por enquanto, precisamos ver se eles têm algum tipo de padrão programado para proteger isso. Ficaremos em cima de uma árvore por um tempo.

Ajudei Adrien a subir na árvore e nós duas sentamos em galhos altos. A jardineira era a vigia enquanto eu observava o padrão dos licanos. Nas primeiras horas, foi como se eles não tivessem nenhum plano. E então percebi um licano de tamanho titânico, que sempre se projetava do telhado da torre a cada hora, como um relógio. Se os de baixo não tinham um padrão real, os de cima tinham. Ele deve observá-los para ter certeza de que fazem algo útil. Havia também uma janela que a cada uma hora ficava cinco minutos sem monitoramento.

Peguei meu rifle e foquei a mira ao longo do perímetro da floresta. Poucos corriam durante o dia. Ou matei muitos licanos do turno diurno, ou eles simplesmente preferiram dormir durante o dia. Independentemente disso, eles estavam com poucas feras no momento.

— Acho que podemos entrar. — Sussurrei para Adrien. Ela olhou para mim, havia neve envolvendo seus ombros e em seu cabelo.

— Você acha que está mais quente lá dentro? — Sua voz tremeu quando ela perguntou. Assenti com a cabeça. — Vamos ao que interessa então.

— Tudo bem, mais desça com calma. — Nós duas estávamos lentas devido aos músculos rígidos e congelados. Adrien foi primeiro, mas suas pernas pelo visto ainda estavam dormentes e por isso ela caiu de cara na neve. Sufoquei uma risada enquanto descia pela árvore até ficar ao seu lado.

— Nenhuma. Uma. Palavra. — Adrien rosnou enquanto eu estendia a minha mão. A puxei e ela sacou a arma. Mantive a minha no meu coldre e olhei em volta. Subimos até chegarmos à borda da linha das árvores. Nós duas permanecemos atrás de árvores altas enquanto os licanos passavam. Alguns rosnavam uns para os outros e outros se arranhavam mutualmente. Balancei a cabeça enquanto eles avançavam. Nossa janela se abriu.

— Vou primeiro. — Corri antes que Adrien pudesse protestar. As pegadas que fazia enquanto corria me deixaram um pouco preocupada, mas eu tinha que torcer para que os licanos fossem tão estúpidos como normalmente agiam. Mais como havia outros tipos de pegadas, não deve haver problema. Cheguei até a porta da janela e abri. Não havia licanos do outro lado como esperado. Passei pela porta e a deixei aberta para Adrien. Ela passou um minuto depois. Uma explosão de calor tomou conta de nós duas. Paramos perto de uma escada quebrada e de um corredor alongado.

— Então, qual é o plano agora? — Adrien perguntou.

— Ficar abaixada e quieta e anotar tudo. — Peguei meu mapa e comecei a mapear. Guardei o papel de volta e peguei um pequeno caderno e anotei o longo do corredor por onde passamos. Quatro portas se cruzavam e davam para algo que parecia semelhante a um salão principal. Nenhum licano estava neste andar. Adrien e eu nos entreolhamos enquanto eu guardava o livro. Ficamos nas bordas do salão principal. Tinham vários corredores de escadas ao nosso redor que iam até o telhado. Havia quatro níveis acima de nós. Isso demoraria um pouco. Atravessamos o corredor e entramos no próximo. Havia mais quatro portas ordenadas e outra escada quebrada. Quando chegamos ao próximo lance de escadas, decidi abrir uma das portas. Ao abrir, notei um enorme alto-forno e cerca de vinte licanos dormindo ao redor dele. Fechei a porta enquanto alguns se mexiam e agarrei o braço de Adrien. Subimos para o próximo nível. Adrien abriu um pouco as portas enquanto passávamos e notamos a mesma tendência. Sempre havia um alto-forno e cerca de vinte a trinta licanos dormindo no chão de cada quarto.

Brincando com a Mestre das BonecasOnde histórias criam vida. Descubra agora