Capítulo 13

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Nem levantei do chão, principalmente porque tudo doía demais para conseguir. E minha noite consistiu em ficar na sala e examinar os mapas que fiz. Tudo foi colocado para um efeito dominó. Esse foi o melhor curso de ação. Coloquei outro 'x' na porta de outro alto-forno quando passos ecoaram de algum lugar e entraram na sala.

— Você está bem? Está aí há horas.

— Só conspirando. Não consigo me mover muito porque alguém me jogou contra a parede. — Donna limpou a garganta enquanto suas bochechas coravam levemente.

— Fiquei com raiva. — Ela disse suavemente.

— Eu sei.

— Me desculpe.

— Tudo bem.

— Me perdoa?

— Quando eu estiver curada. — Donna grunhiu enquanto se sentava no chão comigo. Seu olhar se dirigiu aos mapas que eu havia preparado.

— Esta é a fortaleza?

— Sim. — Ela assentiu levemente. — Você realmente planeja matá-lo? Ou vai tornar meu trabalho muito mais difícil ao tentar mantê-lo fora dos explosivos? — Donna riu levemente.

— Não, depois de pensar um pouco, vou deixar você fazer o que você faz de melhor. Foi errado da minha parte gritar com você. Eu só... e que ele esteve vivo esse tempo todo e nunca disse nada...

— Eu também não entendi essa parte. — Admiti.

— Valho a pena estar por perto? — A mulher perguntou. — Sei que tenho meus momentos difíceis, mas sou realmente tão ruim para ninguém... voltar?

— Voltar?

— Bom é que até Miranda quase não me visita e ela é minha madrasta. — Donna suspirou enquanto seus ombros cederam. Sua cabeça bateu suavemente contra a parede enquanto ela se inclinava para trás. Fios escuros caíram em seu rosto. — A maior pergunta que sempre me fiz foi porque as pessoas foram embora? Ninguém poderia ficar aqui por muito tempo e quando o faziam, tinham as coisas mais desagradáveis a dizer sobre mim. — Seus olhos se voltaram para mim um momento depois. — Sei que não valho muito, mas... estou farta de ficar sozinha. Por mais maravilhosa que Angie seja, até eu tenho que admitir que ela não é uma pessoa real. — Senti meu queixo ficar boquiaberto com o choque.

— Você admite isso?

— Sou sociopata, não psicótica. — Afirmou Donna suavemente. Sua cabeça caiu no meu ombro. — Admiti isso para mim mesma há muito tempo. — Mordi meu lábio inferior enquanto guardava os mapas.

— Você gostaria de vê-lo uma última vez antes de mim... bem... cometer um assassinato?

— Ele não gostaria de me ver.

— Pelo contrário, ele disse que queria ver você feliz antes de falecer. Ele queria ver a mulher que você se tornou.

— O monstro.

— Você não é um monstro. Você é o resultado do seu ambiente. Algo que pode ser mudado se você estiver disposta a mudar. Já vi assassinos se tornarem santos. — Ela assentiu lentamente.

— Eu... gostaria de realizar esse desejo. — Um pequeno sorriso surgiu em meu rosto.

— Quer jantar e encerrar a noite?

— Você pode andar?

— Acho que sim. — Seus olhos percorreram meu corpo. Um leve sorriso enfeitou seu rosto. Ela se levantou e estendeu a mão para mim. Peguei e me levantei. Seu sorriso ficou mais caloroso quando ela passou um braço em volta da minha cintura. Caminhamos no meu ritmo até a cozinha onde Adrien e Jordan se esconderam.

Brincando com a Mestre das BonecasOnde histórias criam vida. Descubra agora