Capítulo 6

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— Ai! Meu Deus! — Meu corpo doía nas costas, minha cabeça latejava de dor junto das minhas pernas enquanto me arrastava pela escada que levava a mansão. Cair de uma árvore nunca foi um momento divertido. Angie flutuou ao meu lado e até abriu a porta para mim, eu olhei para a boneca silenciosa. Todo o caminho para casa se transformou em um grande sermão sobre como ela precisava ficar PARADA enquanto eu me equilibrava nos galhos das árvores para ter uma visão melhor. O atirador bateu nas minhas costas machucadas, o que me fez soltar um grunhido. Tudo que eu queria era ir para a cama. Fui enviada para uma missão de última hora no extremo leste do território de Lady Donna. Angie me-acompanhou como sempre preferia fazer agora, na verdade, às vezes a boneca ficava mais colada ao meu lado do que ao de Georgia. Algo no comportamento da empregada me disse que ela estava grata pela folga.

— Ah! Morgan, o que aconteceu com você? — Falando nela.

— Georgia, tire Angie de perto de mim antes que eu recarregue meu rifle e atire em sua cabeça!

Angie se encolheu enquanto flutuava para trás de Georgia em busca de proteção.

— O que aconteceu? — Georgia perguntou.

— Angie achou que seria uma ótima ideia eu perseguir um esquilo me apoiando em um galho de uma árvore que estava pendurada perto daquela maldita cachoeira. Ela teve sorte de eu ter batido nas pedras e não na água corrente, caso contrário eu teria morrido. — A lembrança do forte impacto contra as pedras me fez estremecer. O estremecimento atingiu enviou uma onda dor que percorreu meu corpo. Eu grunhi de dor enquanto me arrastava para dentro e fechava a porta.

— Angie, você sabe que Morgan está aqui por contrato, não como um acréscimo permanente. Você precisa ser mais gentil com ela! — O tom de Geórgia era o de uma mãe severa quando suas mãos foram para os quadris e olhava para a boneca.

— Eu nunca quis que ela se machucasse. Eu só queria um esquilo de estimação. — A cabeça da boneca curvou-se ligeiramente. — Realmente sinto muito. — Foi uma longa caminhada de volta, deslizei pela porta e fiquei lá. Meu corpo gritou, eu não aguentava mais a dor.

— Só... vamos deixá-la em paz. — Georgia bateu suavemente nas costas da boneca e elas desapareceram para dentro da mansão. Meus olhos se fecharam. Respirei fundo enquanto esperava que a dor diminuísse um pouco antes de me arrastar para o meu quarto durante a noite e ficar presa lá durante o dia seguinte ou até mais. Graças a Deus, eu ainda tinha três meses de contrato. Eu tenho tempo.

— Morgan? — Meus olhos se abriram. Lady Donna estava na minha frente. Eu nem a ouvi chegar. A mulher estava ali com um olhar preocupado.

— Hum?

— Por que você está sentada na frente da porta? — Suas mãos cruzaram na frente dela e se mexeram levemente.

— Eu caí de um galho. Tudo dói.

Lady Donna ofegou ligeiramente. — Você não consegue mais se mover?

— Não neste momento.

Lady Donna murmurou silenciosamente. — Você quer ir para a cama?— Eu assenti levemente com a cabeça. — Você se importaria se... se eu te ajudasse? — Minha sobrancelha se ergueu ligeiramente.

— Nem um pouco. — Lady Donna ergueu as mãos. O medo tomou conta de mim quando senti alfinetadas por todo o meu ser. Meu corpo ficou mole, aviam cordas invisíveis que me prendiam. Seus pulsos estremeceram e eu me levantei em um instante. Eu grunhi de dor pelo movimento brusco enquanto meus olhos se fechavam.

— D-desculpe.

— Tudo bem. — Resmunguei com os dentes cerrados. Levitei um momento depois. Meus olhos se abriram novamente enquanto ela caminhava e eu a seguia inconscientemente. Subimos as escadas. Meus olhos foram para o meu quarto no térreo. — Uh, meu quarto é-

Brincando com a Mestre das BonecasOnde histórias criam vida. Descubra agora