The Originals Part.II

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Anos haviam se passado desde a última vez que estive em New Orleans, mas a cidade parecia quase intocada pelo tempo

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Anos haviam se passado desde a última vez que estive em New Orleans, mas a cidade parecia quase intocada pelo tempo. Havia algo nas ruas, nos sons, nos cheiros que me parecia familiar e, ao mesmo tempo, distante. Minhas lembranças da cidade eram fragmentadas, como se houvesse partes de minha mente que eram um papel em branco, vazio de memórias que deveriam estar lá. Algo—ou alguém—parecia ter sido arrancado de minha vida, deixando apenas sombras e sensações desconexas.

Cheguei a um bar movimentado, a música jazz vibrando no ar e preenchendo o ambiente com uma energia nostálgica. Era uma melodia que evocava uma sensação de déjà vu. Quando entrei, a mistura de risos, conversas e o som de copos tilintando criou uma atmosfera acolhedora, mas havia uma inquietação em meu peito.

Fui até o balcão, onde uma loira estava servindo bebidas com um sorriso amigável. Seus movimentos eram ágeis e eficientes, e ela parecia conhecer cada cliente pelo nome. Esperei pacientemente até que ela olhasse para mim.

"Bem-vinda, o que vai querer?" perguntou ela, a voz suave mas firme.

"Um bourbon, por favor," respondi, tentando esconder a sensação de deslocamento que me afligia.

Enquanto ela preparava minha bebida, observei o local. As pessoas dançavam, riam e se divertiam. Pareciam tão à vontade, tão enraizadas em suas vidas. Eu sentia uma estranha desconexão, como se algo vital estivesse faltando.

A loira colocou o copo à minha frente, interrompendo meus pensamentos. "Aqui está," disse ela, sorrindo. "Primeira vez em New Orleans?"

Olhei para ela, hesitando. "Não exatamente. Estive aqui antes, há muito tempo. Mas... parece que estou redescobrindo a cidade."

Ela arqueou uma sobrancelha, curiosa. "Interessante. New Orleans tem esse efeito sobre as pessoas. Sempre há algo novo para descobrir, ou algo antigo para lembrar."

Assenti, sentindo uma súbita tristeza. "É como se eu tivesse perdido algo, ou alguém, e não consigo lembrar o quê."

A loira me observou por um momento, como se tentando decidir se devia perguntar mais. Então, ela sorriu. "Sabe, às vezes o passado volta quando menos esperamos. Aproveite a bebida e, quem sabe, talvez New Orleans te traga algumas respostas."

Agradeci e levei o copo aos lábios, sentindo o calor do bourbon descer pela garganta. A música continuava a tocar, fechei os olhos, permitindo-me ser envolvida pela melodia.

E então, como um relâmpago, flashes de memória começaram a surgir. Momentos breves, intensos, de uma presença forte e segura. Um rosto, um nome, começando a emergir da escuridão. Adam.

Abri os olhos de repente, o coração acelerado. As memórias eram fragmentadas, mas o nome ressoava com uma força avassaladora. Quem era Adam? E por que sentia que ele era tão importante para mim?

Olhei ao redor do bar, esperando que algo mais desencadeasse mais lembranças. A loira atrás do balcão me observava com uma expressão de curiosidade misturada com preocupação. "Você está bem?" perguntou ela.

Eu não estava certa. "Eu... acho que sim. Só... acabei de lembrar de algo. Ou alguém."

Ela assentiu, como se entendesse mais do que deixava transparecer. "Se precisar conversar, estou aqui. Às vezes, falar sobre o que nos perturba ajuda a clarear a mente."

Agradeci novamente, sentindo uma mistura de esperança e desespero. Adam. O nome ecoava na minha mente, trazendo uma sensação de perda e saudade. Eu precisava descobrir quem ele era e por que minha mente havia escolhido esquecê-lo. New Orleans guardava respostas, e eu estava determinada a encontrá-las.

........

Os dias passaram como um borrão enquanto eu explorava New Orleans, cada esquina e cada rua trazendo uma sensação de familiaridade inquietante. O nome Adam continuava a aparecer na minha mente, persistente como um eco distante. Sentia que estava chegando perto de algo, mas não conseguia agarrar a lembrança completa.

Numa tarde ensolarada, caminhei pelo Quartel Francês, o coração histórico da cidade. As ruas estavam movimentadas, cheias de turistas e moradores, a música de rua misturando-se com o som dos vendedores ambulantes. Enquanto caminhava, um emblema na parede de um edifício antigo chamou minha atenção. Era uma letra M, grande e imponente, esculpida na pedra.

Parei em frente ao emblema, minha respiração acelerada. A letra M parecia pulsar com um significado que eu não conseguia decifrar de imediato. E então, como um raio, a memória surgiu: Mikaelson. Adam Mikaelson.

O nome soava poderoso e antigo. Fechei os olhos, tentando focar nas lembranças que começavam a emergir. Fragmentos de conversas, risos, e momentos íntimos passaram pela minha mente. Adam Mikaelson não era apenas alguém do meu passado; ele era importante, vital para minha existência de alguma forma.

Mas quem era Adam Mikaelson? E por que meu coração doía ao lembrar dele?

Continuei andando pelo Quartel Francês, a mente girando com perguntas e memórias fragmentadas. Passei por um pequeno café e decidi entrar, esperando que um momento de tranquilidade me ajudasse a processar tudo. Sentei-me num canto, observando as pessoas ao redor enquanto tomava um café.

Minha mente vagava, tentando juntar as peças do quebra-cabeça. Lembrei-me do bar onde a loira havia sido tão amigável. Talvez ela soubesse mais. Terminei meu café e decidi voltar lá, determinada a encontrar respostas.

Quando entrei no bar, a música jazz me envolveu novamente. A loira estava lá, servindo bebidas com seu sorriso habitual. Fui até o balcão, e ela me olhou com curiosidade.

"De volta tão cedo?" perguntou ela, sorrindo.

"Sim," respondi, hesitante. "Eu... preciso de sua ajuda. Algo me diz que você pode saber mais do que aparenta."

Ela inclinou a cabeça, interessada. "O que exatamente você quer saber?"

Respirei fundo. "O nome Adam Mikaelson significa algo para você?"

A expressão dela mudou, uma mistura de surpresa e apreensão. "Adam Mikaelson... ele é uma lenda por aqui. Parte de uma das famílias mais antigas e poderosas de vampiros. Mas ele não é visto há anos."

"Vampiro?" repeti, sentindo um calafrio. "Então... ele é como eu?"

Ela assentiu lentamente. "Sim, como você. E se está se lembrando dele, isso significa que vocês têm uma história juntos, algo que foi perdido."

Senti uma onda de emoções — esperança, tristeza, confusão. "Eu preciso encontrá-lo," disse, minha voz cheia de determinação. "Preciso saber quem ele é e por que eu o esqueci."

A loira olhou para mim, seus olhos cheios de compreensão. "Vá até a casa principal do Quartel Francês. A família Mikaelson moram ali.Talvez você encontre algumas respostas lá."

Agradeci e saí do bar, o coração batendo forte. A casa dos Mikaelsons poderia ser a chave para desvendar meu passado. Caminhei rapidamente pelas ruas, a cidade parecendo mais viva.

Quando cheguei à casa, senti um arrepio na espinha. Era uma mansão antiga, imponente e carregada de história. Entrei devagar, cada passo ressoando nos corredores vazios.

E então, no silêncio da casa, ouvi um sussurro, uma voz que parecia familiar. "S/N."

Virei-me, e lá estava ele. Adam Mikaelson, parado na penumbra, seus olhos verdes profundos fixos em mim. Tudo veio à tona de uma vez — as memórias, os sentimentos, a perda.

"Adam," sussurrei, sentindo as lágrimas encherem meus olhos. "Eu me lembro de você."

Ele deu um passo à frente, a emoção clara em seu rosto. "S/N," disse ele, sua voz carregada de dor e alívio. "Eu nunca te esqueci."

Corri para ele, e nos abraçamos, sentindo que finalmente, depois de anos de confusão e perda, estávamos completos novamente.

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