Doze.

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- Oliver... - Minha voz saiu baixa, como um sussurro. Eu não queria que ele continuasse, não iria permitir que ele se iludisse achando que tenho interesse nele.
- Me permite? - Ele pergunta cerrando os lábios nos meus.
- Não podemos. - Sussurrei com os olhos fechados.
- Vamos. Nada de ruim irá acontecer. - Insiste.
- Eu...
- Aqui não é lugar para isso. - Uma voz grossa me faz voltar a realidade, era Tom. Ele estava parado no começo do corredor. Suas mãos ocupadas com seu diário e a outra com uma pena.
- Obrigada por estragar a diversão, Riddle um. - Oliver ergueu a cabeça e logo a abaixou encarando o garoto em pé.
- Oliver, preciso ir. - Me despeço dele rapidamente deixando apenas um beijo em sua bochecha e sem esperar resposta de sua parte me retiro do corredor passando ligeiramente por Tom, que por sua vez me encarou.

(..)

Quando penso em entrar no meu dormitório ofegante por ter andado rápido demais para sair da situação constrangedora entre eu, Oliver e Tom, logo me lembro que Zabini iria trazer algumas garotas para lá, suspiro pesado e saio do lugar rapidamente, me direcionando a comunal e me sentando em um sofá que tinha perto da lareira, estava começando a esfriar. Já estava de noite, provavelmente era umas vinte horas, estava tudo silencioso e vazio, nem parecia a sala comunal da Sonserina. Fecho meus olhos e começo a me lembrar do ocorrido com Oliver. Tom Riddle, obrigada por aparecer na hora certa!

- O que faz aqui a essa hora? - Ouço a voz de Tom.
- Ah... Eu? - Pergunto me virando para ele que estava atrás de mim, do outro lado do sofá.
- Há alguma outra pessoa aqui na comunal fora do dormitório que eu não esteja vendo? - Arrogante como sempre, como posso ter uma paixão por esse garoto?
- Ainda são oito da noite. - Digo o olhando e tentando não ligar para a patada que ele acabou de me dar.
- O diretor Dumbledore mandou todos irem dormir cedo, está havendo muitos casos de pessoas dormindo nas aulas. - O moreno diz levando os braços para trás de suas costas.
- Zabini está usando o dormitório, não vou entrar lá agora. - Eu me viro novamente para a lareira.
- Não me importa! Procure outro dormitório para passar a noite. - Bruto do caralho, ah menino infeliz, infitetico, desgramado, desgraçado, lazarento, filho de Voldemort!
- Vou passar a noite aqui mesmo. - Digo sem o olhar.
- Não, não vai!
- Porque?
- Vá ao meu dormitórios as oito e meia. Sem atrasos! - Isso soou como uma ordem, normalmente eu não ofereceria, mas era Tom Riddle quem mandou, quem sou eu para não obedecer?

Não retruquei e nem respondi, balancei minha cabeça em sinal de obediência e me aconcheguei no sofá ouvindo seus passos se distanciarem. Meus olhos encaravam fixamente o ponteiro do relógio que fazia barulho de " tic tac ". Os únicos barulhos presentes, eram os dos ponteiros do relógio e da lenha queimando na madeira, agora também havia o som do meu coração que batia acelerado e ansioso pelo momento em que o ponteiro bateria exatas oito e meia.

Fiquei tão ansiosa que nem percebi ele já eram oito e vinte seis, o tempo que eu gastaria para ir para o dormitório de Tom seria de uns cinco minutos. Mas talvez se eu acelerasse meus passos eu chegaria mais cedo no local. Mas para que exatamente ele queria que eu fosse lá? Brincar de boneca é que não seria né, Louise! Então para que ele me chamaria lá?

Sai dos meus pensamentos e comecei a andar pelo castelo indo até o quarto dele, tentei ser a mais discreta possível, se descobrirem que eu estava no quarto de um dos monitores isso não seria nada bom, bati na porta e ninguém abriu, bati novamente e nenhum resposta ou sinal de que alguém abriria, bati uma última vez e ninguém abriu, continuei no vácuo, porque ele me chamou se não iria abrir? Esqueça! Vou embora, me virei e comecei a andar pelo castelo, estava frio e eu não havia visto ninguém, estava tudo tão vazio, o que Dumbledore fez para que absolutamente ninguém estivesse andando pelo castelo a essa hora? E logo o povo desta escola que tem os parafusos soltos. Meu frio estava imenso, eu estava sem suéter, e não estava se calça, estava com minha capa da Sonserina, a blusa branca social e a saia, para que eu fui concordar em deixar Blaise usar o dormitório?

- O que faz aqui? - Me assustei quando a voz de Oliver chegou em meus ouvidos. Estava com frio, queixo batendo, pernas tremendo e mãos trêmulas.
- E-eu... Eu... - Mal consegui falar, estava com muito frio. A época do inverno estava começando e eu faço a grande burrada de sair descoberta.
- Ei, venha cá. Vamos para o meu dormitório. - Oliver diz se aproximando de mim e me pegando em seu colo. Oliver não deveria fazer isso, e eu nem deveria aceitar sua ajuda, mas é melhor do que ficar no frio. Maldita hora em que deixei Blaise sozinho no dormitório.

(...)

- Agora que já está coberta e esquentada, diz aí o porque estava andando pelo castelo de noite quando Dumbledore disse que era dormimos mais cedo. - Oliver se senta em sua cama ao meu lado. Ele tinha me carregado até aqui e me colocado deitada em cima da sua cama, me cobriu e fez de tudo para ele eu me esquentasse o mais rápido possível.

Expliquei a Oliver o motivo de eu estar sozinha andando pelo castelo, exceto a parte de Tom. Depois perguntei a ele o porque dele estar andado pelo castelo aquela hora. Ele explicou alguma coisa sobre estar com vontade de beber chocolate quente e não sei mais o que lá, um sono absurdo foi me consumindo e tudo que ele dizia parecia distante, meus olhos foram se fechando lentamente até que eu adormeci totalmente.

Obsessão anormal. ( Gêmeos Riddles/ Tom Riddle/ Matteo Riddle/Irmãos Riddles)Onde histórias criam vida. Descubra agora