Dezenove.

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Paralisada com o que acabará de escutar a menina piscou os olhos e finalmente olhou para os irmãos que agora estavam na sua frente.

LOUISE

- Eu não pertenço a vocês! - Pelo menos não mais.
- Tem certeza? - Matheo pergunta sorrindo.
- Me impressiona a cara de pau de ambos, me disseram que não queriam nada comigo e agora dizem que sou de vocês? Poupem-me! - Dou um sorriso sínico tentando parecer não querer gritar para todos que eu realmente pertenço a eles. Mas não, não vou dá a eles o gosto de me terem na palma da mão deles assim. Me fizeram chorar por eles durante dois meses. Então vão sentir na pele como é sentir isso, nem que seja por um dia.
- E desde quando precisamos ter algo com você, para que seja nossa? - Tom pergunta enquanto me olhava fixamente.
- É burro desse tanto? - Pergunto descontando toda a raiva que eu sentia quando ele me respondia seco. Meu corpo gelou ao ponto de me fazer suar seco ao perceber que eu havia acabado de responder o garoto que eu jamais imaginei responder.
- Esta muito respondona, princesa. - Tom fala se aproximando.
- Estou? - Afrontei.
- Está, e sabe o que é bom para garotas respondonas? - Em um movimento rápido o menino agarrou meu pescoço o apertando, tirando aos poucos o ar de meus pulmões. Pegou em minha cintura e a apertou com uma força que eu pude sentir minha peça íntima se encharcar. Por quê senti prazer nisso?
- Rum. - Ouvi Matheo dar uma risada nasal enquanto ascendia um cigarro e dava um tragada, logo após soltando a fumaça.
- Tom... - Falei o nome do garoto com dificuldade, estava difícil de respirar, o ar estava começando a me fazer uma grande falta.

O aperto de Tom foi ficando mais intenso na medida em que eu me mexia. Matheo só observava tudo perto da janela enquanto Tom insistia em brincar de me matar. Os meus olhos já estavam lacrimejando, meus pulmões precisavam urgentemente de um pouco de ar e eu consegui assim que ouvimos alguém bater na porta. Tom me encarou e não soltou meu pescoço até que as batidas na porta ficaram mais intensas.

- Quem é? - Pergunto ofegante puxando ar novamente para mim.
- Eu. - Uma voz feminina diz.
- Eu, eu quem desgraça? - Reviro os olhos com a resposta idiota da pessoa.
- Magna. - O que essa garota quer aqui a essa hora?
- Zabini não está aqui. - Respondo olhando os irmãos, que por sua vez me olhava extremamente sérios.
- E sabe onde ele está?
- Não. - Seca e sem paciência, respondi.

Desde que Zabini brigou com seu colega de quarto ano passado e veio para meu dormitório, não tenho paz um minuto. Sempre tem uma garota batendo na porta ou entrando de uma vez perguntando onde ele está. Na maioria das vezes está com outra garota, porém sempre minto dizendo que não sei.

Assim que escuto a garota suspirar e ouço seus passos para longe olho de volta para os irmãos e ando em direção ao banheiro. Lá dentro já estava a minha toalha então não me dei o trabalho de pegar outra, só um short não muito curto e uma blusa que ganhei a uns dois anos de Oliver, quando éramos amigos secretamente, até minhas serpentes descobrirem e proibirem ele de falar comigo. Me impressiona que ele tenha falado comigo e tentado me beijar, pena que minha mente só pensava no Matheo e no Tom.

Flashback on

- Ei Louise, vem aqui - Sinto meu pulso ser puxado para o armário de vassouras.
- Aí Oliver. Precisa disso? - Dou uma risada quando vi que era meu segundo melhor amigo, ele havia acabado de sair de uma partida de quadribol, Grifinoria contra Sonserina. Obviamente ele ganhou, sempre se esforçou muito para ganhar todos os jogos.
- Sim, não podemos ser vistos juntos lembra? Então, o melhor jeito é te enfiando em qualquer canto que não dê para nos vermos juntos. - Sorriu o rapaz me olhando dar uma risada.
- Então, porque me puxou pra cá? - Perguntei colocando minhas mãos atrás das costas e sorrindo.
- Vim te dar isso. - Ele me entregou a blusa que ele usava para jogar quadribol, fiquei tão empolgada, sei que tudo que tem haver com quadribol é importante para ele, então me senti tão importante. Peguei a blusa e dei um abraço apertado no garoto, nossas risadas se misturaram e por um momento ficamos parecendo crianças quando brincavam de se esconder dos pais.

Flashback off

Naquele dia eu voltei tão feliz para o meu dormitório. Pena que os meninos descobriram tudo duas semanas depois e ameaçaram o Oliver. Desde então, só nós falamos uma vez e foi porque Tom não sabia que eu não podia ficar com Oliver.

Enfim, entrei no banheiro e tomei um banho um pouco demorado. Lavei meus cabelos que de ruivos estavam indo para pretos de tanto estresse e sujeira. Sai do banheiro ja vestida na blusa e no short, percebo que Matheo era o único que estava ali. Tom devia ter saído para fazer alguma coisa idiota.

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Este capítulo foi dedicado a ela: AyunoKizumi

Perdão pela demora amores.

Obsessão anormal. ( Gêmeos Riddles/ Tom Riddle/ Matteo Riddle/Irmãos Riddles)Onde histórias criam vida. Descubra agora