Angel smith uma menina de 17 anos q sofre muito na vida após a morte do pai e o suicídio da irmã ,volta para sua cidade natal junto com sua mãe abusiva,agressiva e seu padrasto tóxico e abusivo. cidade que se chama Arcadia apesar do nome bonito ess...
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Hoje eu não acordei muito bem, então Jack fez tudo praticamente sozinho. Levou as meninas para a escola, enquanto eu ficava na cama sem ânimo algum. Passei a manhã toda lá, tentando reunir forças para enfrentar o dia. Quando era meio-dia, Jack chegou no quarto.
Jack - Ainda está aí, amor?
Angel - Não estou muito bem...
Jack se aproximou de mim, sentou na cama e me puxou para deitar no seu colo. Começou a fazer carinho na minha cabeça, o que sempre trazia um conforto estranho, como se o toque dele fosse um misto de ternura e controle.
Jack - Me conta o que houve?
Senti um nó na garganta. Havia tantas coisas que não conseguia expressar. As lembranças do passado, a incerteza sobre o futuro. Olhei para ele, tentando encontrar as palavras certas, mas elas não vinham.
Angel - Eu... Eu só estou cansada, Jack. Cansada de tudo. Das lembranças, do peso que carrego todos os dias.
Ele continuou acariciando minha cabeça, sua mão se movendo lentamente, quase hipnotizante.
Jack - Eu entendo, amor. Sei que é difícil. Mas você sabe que estou aqui para você, certo? Nós temos uma vida juntos agora. Eu e você, as meninas... Temos que focar nisso.
O tom dele era suave, mas havia algo mais, uma sombra de possessividade que não conseguia ignorar.
Angel - Eu sei, mas... Às vezes sinto falta de... Não sei, de uma liberdade que não tenho.
Jack - Liberdade? - Ele parou de acariciar minha cabeça e me olhou diretamente nos olhos. - Liberdade para quê, Angel? Para voltar para Jacob e Tom?
Seu tom era acusador, e aquilo me atingiu como um soco no estômago. Lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto. Era como se ele sempre soubesse exatamente onde me atingir.
Angel - Não é isso, Jack. Eu não quero voltar para eles. Só sinto falta de não ter que olhar para trás o tempo todo.
Jack - Eles nunca te amaram como eu amo. Nunca cuidaram de você como eu cuido. Você sabe disso, não sabe?
A dor em seu olhar parecia sincera, mas eu sabia que havia mais por trás. Era como se ele quisesse me convencer de que eu não tinha escolha, que o mundo fora de nosso relacionamento era perigoso e cruel.
Angel - Sei, Jack. Sei que você me ama. Mas o que eu sinto é mais complicado do que isso.
Ele suspirou, segurando meu rosto entre suas mãos, me forçando a olhar diretamente para ele.
Jack - Nós vamos fazer uma viagem, todos juntos. Vai ser bom para nós, para as meninas. Vamos esquecer de tudo por um tempo, só nós quatro.
A ideia de uma viagem parecia tentadora, mas eu sabia que era mais uma maneira de me manter sob controle. De me afastar de qualquer outra influência.
