CAPÍTULO CINCO
Casa dos Riddle3 de fevereiro de 1948
Hermione acordou em um sofá aconchegante em uma sala de estar pequena e escura. O quarto era modesto, mas havia toques singulares aqui e ali que faziam com que parecesse um lar. A única luz na sala vinha de uma luminária alta de vidro.
Ela olhou ao seu redor, bastante desorientada, mas satisfeita por não estar mais presa naquele terrível plano sombrio, que era um lugar real ou uma prisão da mente. De qualquer forma, ela estava exausta, embora suspeitasse que estava dormindo há dias, e sua língua estava ressecada.
De um lado da sala havia uma mesa de madeira e duas cadeiras. Uma pequena lareira de tijolos crepitava diante dela, mantendo-a quentinha e aquecida. Havia uma sensação gelada no ar, o que a alarmou muito, já que ainda era apenas agosto e deveria estar bastante quente. Quem acenderia a lareira em agosto?
Ela se levantou lentamente, percebendo que seu corpo estava bastante dolorido e suas pernas pareciam gelatinosas. Ao se levantar, foi atingida por uma onda de náusea que a forçou a sentar-se rapidamente para permitir que passasse.
Algo estava errado... Mas onde ela estava? Aquela maldita prisão a atrasou dias, trancando-a dentro de algum tipo de câmara de tortura mental. Ela deveria estar em Hogwarts agora mesmo!
Agora completamente irritada consigo mesma e, por extensão, com o ambiente, ela se levantou apesar da fraqueza em seus membros e caminhou até a janela, olhando para fora. Parecia ser noite, mas ela não tinha ideia de onde estava.
Através do vidro sujo da janela, ela podia ver um caminho de pedra que levava à porta da frente da casa em que estava hospedada e, além disso, um pequeno e lindo jardim que levava até os fundos de um grande prédio de três andares de uma casa de Pedra. A casa era estranha e sinistra, e trepadeiras subiam por toda a pedra.
Onde quer que eu esteja, pensou Hermione, não quero ficar aqui mais tempo do que o necessário.
Logo, ela avistou um homem caminhando em direção à cabana. Ela enfiou a mão no bolso e imediatamente suspirou de alívio quando sentiu sua varinha deslizar em suas mãos. Ela verificou novamente se sua bolsa de contas também permanecia encolhida e presa como um pingente em sua pulseira de prata. Graças a Deus.
Ela recuou e ficou atrás da porta enquanto o homem se aproximava. A porta se abriu e ele entrou, arrastando os pés pelo minúsculo tapete. Ele parecia ter trinta e poucos anos e parecia confuso quando olhou para o pequeno sofá, sem dúvida se perguntando para onde ela havia ido.
"Eu não quero alarmar você-" Hermione começou, e o homem deu um pulo no ar.
"Jesus, Maria e José! Agora, o que você está fazendo escondida aí atrás?
Suas sobrancelhas franziram enquanto ela olhava para o homem. Ele tirou o cachecol e pendurou o casaco em um pequeno gancho perto da porta.
"Hm, sinto muito... mas, onde estou?"
Ele olhou para ela como se ela tivesse perdido algumas bolas de gude. "Perdoe-me, senhorita, mas encontrei você deitada no cascalho lá fora por volta das seis e meia da noite de ontem. Parecia um pouco abatida e indisposta. Não consegui acordá-la por nada, mas o hospital mais próximo fica em Little Whinging, é um caminho bem longe, como você sabe."
"Não, eu- eu não sei, não sou daqui. Little Whinging, você disse?"
"Sim. O hospital mais próximo, mas ainda não o suficiente."
"Então... er... onde estou agora? Onde é aqui?"
"Ora, você está em Little Hangleton." Ele deu a ela um olhar questionador. "Você não sabe? Não sabe como acabou aqui?"
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INVICTUS I
FanfictionVoldemort pretendia que o objeto fosse usado por seu seguidor mais leal no caso de suas horcruxes serem destruídas, mas acabou na posse de Hermione. Isso a enviou de volta a uma época em que ele era muito menos o monstro que ela conheceu. Nada poder...