CAPITULO VINTE E NOVE
SuspeitaHermione estava deitada no chão de seu apartamento, espalhada sobre um elaborado e caro tapete persa. Suas palmas estavam voltadas para baixo, cada um dos dedos bem abertos e agarrando o chão como uma lagartixa, e ela olhava para o teto como fazia na última hora. Várias lágrimas já haviam sido derramadas, mas felizmente, o Elixir que ela acabara de tomar lavou todos os sentimentos de culpa e auto-aversão.
Quão tola ela tinha sido... O que diabos ela estava pensando? Ela deixou Tom Riddle... não, Lord Voldemort, atraí-la para uma armadilha no jantar como uma bela e charmosa acromântula persuadindo-a a entrar em sua teia.
O que ele queria dela? Qual era o jogo dele?
Ele a estava usando... manipulando-a. Tinha que estar.
Afinal, a manipulação era seu forte.
É porque ela era filha de Alvo Dumbledore? Ele estava tentando entrar na cabeça dela para poder desviar sua atenção de seus objetivos? Ele tinha que estar ciente de que ela estava ganhando algum nível de poder político. Era isso que ele queria: influenciá-la?
Ela se concentrou nos acontecimentos daquela noite. Tom estava tão fixado em suas palavras. Ele queria que ela admitisse que era dele. Ele ordenou que ela dissesse isso mais de uma vez.
E como uma idiota, ela fez isso. Como uma idiota inocente e apaixonada. Como ele deve estar rindo dela!
Talvez ele pensasse que poderia controlá-la. Bem, ele tinha outra coisa vindo se pensasse isso. Hermione nunca permitiria que nenhum homem a controlasse.
Ela precisava manter o juízo sobre si na próxima vez que visse Riddle.
Ela pensou na revelação de Alphard.
Riddle dormia com Walburga Black há seis anos.
Seis anos sangrentos.
Bolas de Merlin, como ela foi estúpida!
"Eu sou uma idiota," Hermione sussurrou para o ar, balançando a cabeça em descrença.
O que ele viu em Walburga Black? Ela supôs que era bem típico dele. Afinal, Walburga era a prostituta sonserina perfeita. Linda. Próspera. Sangue puro.
E nada parecida com Hermione.
Obviamente, havia algo na bruxa que manteve seu interesse durante seis anos.
Elas não se pareciam em nada. Elas eram quase exatamente opostas em todos os sentidos.
Walburga era curvilínea e bem dotada, com cabelos escuros e brilhantes que caíam até a cintura em cachos luxuosos. Sua pele era pálida e luminosa, com lábios carnudos e grandes olhos azuis emoldurados por grossos cílios escuros. Uma beleza exótica, segundo muitos padrões.
Hermione bem mais magra, com seios menores e pele que bronzeava facilmente. Ela tinha cabelos crespos na maior parte do tempo e sempre odiou que seus olhos fossem de um castanho opaco. Suas feições eram mais finas, mais sutis. Ela nunca adquiriu o hábito de se comparar com outras bruxas, mas o conhecimento daquele antigo relacionamento parecia lançar um holofote sobre as diferenças evidentemente óbvias entre elas.
Hermione não era uma garota insegura, de forma alguma. Vítor Krum a achou linda. Ele disse isso a ela. Ron e Cormac também. Mesmo assim, ela achou impossível não se sentir um tanto desanimada com a informação. Mesmo sabendo que não deveria estar.
Ela não deveria se importar se Tom Riddle a achava atraente. Alphard Black claramente fazia isso. A opinião de Riddle não deveria significar absolutamente nada para ela.
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INVICTUS I
FanfictionVoldemort pretendia que o objeto fosse usado por seu seguidor mais leal no caso de suas horcruxes serem destruídas, mas acabou na posse de Hermione. Isso a enviou de volta a uma época em que ele era muito menos o monstro que ela conheceu. Nada poder...