81. Through the Floo

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CAPITULO OITENTA E UM
 Através do Flu

Hermione vasculhou a biblioteca da Mansão Malfoy, esperando por Tom. A biblioteca estava escura, exceto por algumas tochas magicamente acesas e a dança baixa das chamas na lareira. Os poucos retratos pendurados nas paredes estavam adormecidos, mas ainda a deixavam ansiosa; ela nunca confiaria nos Malfoys, nem em seus retratos. Ela colocou a mão contra sua saia de gaze, certificando-se de que sua varinha ainda estava no lugar, no coldre amarrado em sua coxa.

Ela estava nervosa demais para olhar os livros enfileirados nas prateleiras, então sentou-se no que parecia ser um sofá Queen Anne em frente à lareira. Ela correu os dedos pela moldura de madeira entalhada, pensando consigo mesma que provavelmente não era Queen Anne, mas ela não estava a par dos estilos e tendências de móveis bruxos. Ela havia comprado toda a sua decoração de designers trouxas.

Os sons dao baile chegaram até ela como ecos distantes... a voz de Celestina Warbeck cantando... o zumbido baixo de vozes e o tilintar de risadas... O coração de Hermione batia rápido e ela começou a roer as unhas em apreensão. Ela esperava que Malfoy não estivesse procurando por ela.

Ela não pretendia ceder tão facilmente a Tom, mas havia algo bem sincero em suas palavras. Não foi seu típico ato charmoso, mas uma série de confissões que saíram de sua língua com a facilidade de um homem falando a pura verdade. 

Ele a amava. Hermione acreditava nisso.

Mas ele era bom para ela?

Com um suspiro ele confessou sua devoção e, com o outro, proferiu ameaças de morte e falou caprichosamente sobre assassinato.

Hermione encostou a cabeça no encosto do sofá, desejando tomar uma bebida. 

Ela nem sabia bem por que decidiu vir aqui e esperar por ele. Hermione sentiu que estava sendo sugada de volta para um vórtice, um buraco negro que a engoliria inteira.

Ela pensou no beijo. Nas mãos dele acariciando sua pele, no estômago dele pressionado contra o peito dela. Na maneira como ela teve que se esforçar na ponta dos pés para retribuir o beijo, que era apaixonado, apesar de ela saber que ele estava se contendo.

Ela estava fazendo isso. Tom era um vício pior que o elixir da euforia. Ela sentiu como se ceder àquele beijo fosse uma espécie de recaída, e agora estava aterrorizada de que ficaria ainda mais viciada do que antes.

Nada pode ser perdoado?

Você deveria saber melhor do que ninguém o impacto que teve em meu coração, bruxinha.

Parte dela se preocupava que ele a estivesse manipulando. Usando-a para obter informações sobre o futuro. Voldemort sempre esteve presente na mente de Hermione, manchando sua imagem de Tom. Ela se convenceu de que qualquer flerte que eles tivessem acabaria eventualmente, que suas verdadeiras intenções apareceriam em algum momento, e então ela teria um motivo para matá-lo.

Mas isso não aconteceu. 

Suas lindas mãos são as únicas que podem conter minha ira. 

Ela ouviu o sussurro dele em seu ouvido, febril e cheio de desejo.

Eu te amo.

Hermione suspirou, sabendo que estava ferrada.

"Estou ferrada", ela suspirou.

Não apenas porque ela sentia muita falta de Tom Riddle, mas porque agora todo o mundo mágico saberia disso.

Ela se assustou de repente e se levantou ao som das pesadas portas da biblioteca sendo abertas. Um raio de luz entrou e então desapareceu quando Tom entrou e fechou as portas atrás de si.

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