[08 de junho de 2024]
[00:00]Por vezes, o amor é como uma ratoeira, te um lugar nem um pouco propricio onde sua intuição grita por ajuda, alertando sobre a armadilha, afinal, você já passou por ela várias vezes.
Mas então, no centro daquelas lâminas, prontas a serem despencadas, há deu maior desejo, aquilo cuja a boca nunca ousou pronunciar no mais baixo tom, pois a mente temia que as paredes contassem aos seus inimigos, pois isso certamente significaria seu trágico fim.
Mas seu coração se arrasta, na interrupta ilusão de que irá conseguir desarmar-la, sem que as lâminas façam rolar para fora de seu corpo.
No início, sua armadilha era fácil, e sua lâmina cega, tão fácil de desviar.
Dois passos.
Nós estávamos bem, ainda conseguia recoar, mas então, tive a miserável desonra de grudar minha atenção em ti.
Dois passos, avançando.
Tu mostrou-me fatos sobre mim que nem mesmo eu teorizava, uma delas, por exemplo, aquela em que eu morreria por um drama, descobri logo após minha alma exagerada dar seus primeiros sinais de devoção, eu não me escutava, quando te lia.
Um passo, adiante.
Eu admiti que tu eras demais e você estava tão apaixonado, tão entregue a mim, mas eu ainda tenho medo de amar, tenho medo dos meus passos e da lâmina agora afiada.
Um passos, regresso.
Como uma carta na manga, vocês mostrou suas loucuras por mim, loucura que me doparam a acreditar que você era o meu desejo guardado, porque você realmente é aquilo que eu sempre quis, então eu abaixo minha assas, corro em sua direção, com receio de que a vida o roubei de mim.
E então, como um lapso de loucura, um exarcebado delírio, você some, dissolve aos poucos, tudo que construimos derrete com um quadro sangrento.
E eu não sei se por vontade própria, pois talvez eu precise morrer por amor.
Dou um passo a frente.
Sinto um cobertor, suave e lento, afiado, a lâmina adentra minha garganta, toma minha voz, meu sangue, alma.
Agora eu sangro por você, todo esse mar de sangue me afoga, me engasga até que eu me sinta bem novamente.
Por você.
Como minhas últimas palavras, vozes surgem na minha cabeça.
"Onde está você?""Quando irá voltar?"
Me sinto anestesiada, mas meu ser definha em sofrimento, como a porra de uma droga eu estou nessecitando, implorando por você.
Tem ideia do quanto eu sou obcecada por você, por isso que eu te conheço tanto.
Te conheço ao ponto de te entender, pois eu também prefiro usar uma pessoa á perder uma pessoa.
E se você quer saber, eu minto pra mim mesmo dizendo que tua partida foi uma bença disfarçada, mas eu ainda estou aqui, desperdiçando minhas doces e carregadas palavras, por ti.
Afinal, as madrugadas e as bebidas fortes são feitas para recitamos os poemas que nós daram dores de cabeça pela manhã.
~ ★ ~
Por nossas memórias, que são apenas memórias.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Pensamentos
RandomTalvez você encontre respostas nos meus pensamentos. Diário aberto de uma pessoa racional despejando seus sentimentos em palavras, pra não machucar alguém ou se machucar. "Amo seu sorriso e sou muito grata por ter conhecido ele, mas preciso que me a...