Vivem-se tantas vidas
Em uma vida têm-se tantas idas
Idas e vindas fazem parte da experiência
Fazem parte de ser presença, é essência
Em uma vida têm-se tantas idas
Estou cansado das partidas
Já estou partido ao meio
Impregnei como cinza no cinzeiro
Idas e vindas fazem parte da experiência
E eu queimei como um palheiro
Só agora disso tudo tenho ciência
Fazem parte de ser presença, é essência
As dores de ser guerreiro
Os amores por resistência
Você passa a vida com uma impressão sobre alguém e isso não muda facilmente porque já está tão incrustado no seu imaginário que é mais fácil agir como se aquela pessoa fosse aquilo que você imagina. Esse era basicamente o problema de Korn quanto ao irmão, (naquele momento, importante destacar) já que ele distorcia, ou no mínimo enxergava de forma rasa, quem era o irmão para poder justificar toda a frustração. Nessa visão que ele tem engloba todo o clichê de odiar o irmão por ser superficial, mas, ao mesmo tempo, justificar que ama irmão pensando que ele é mais do que essa imagem superficial que ele mesmo criou (é contraditório e é um problema que ele mesmo cria). Quarenta anos já é um bom prazo para aprender como ser mais humano, Korn pensa. Uma pessoa não tem que melhorar porque alguém quer essa melhora e sim porque a própria pessoa quer ser melhor e é sobre isso que Korn e o irmão, Pete, discutiam enquanto o pequeno Khabkluen, filho de Korn, ouvia tudo da cozinha junto a governanta que tentava confortar o menino. É claro que os dois são mais do que aparentam (seja para surpresas boas ou não), mas isso o convívio os contará o quanto um não conhece o outro.
Korn é cinco anos mais novo que o irmão e até os dez anos de Pete eles não moravam exatamente juntos, já que logo após Korn nascer os pais dos meninos se separaram. Os pais não tiveram o divórcio mais amigável, porém fizeram um acordo, fora da justiça, sobre como iriam cuidar dos meninos. Pete ficava na casa do pai nos dias de semana e Korn com a mãe. Nos finais de semana e feriados os dois sempre ficavam juntos, seja com o pai ou com a mãe. Apesar de não ser o ideal, eles viveram assim por cinco anos. Uma semana antes de Pete fazer onze anos seu pai morreu. Foi um incêndio onde o pai do garoto ficou preso e Pete apenas conseguia ouvir e gritar enquanto o fogo se espalhava. Assim ele e todas suas feridas emocionais se mudaram definitivamente para a casa de sua mãe. Com uma relação nada agradável com a mãe, os meninos eventualmente de Pattaya se mudaram para Seul. Pete tinha vinte e cinco e Korn vinte. A relação deles definitivamente não continuou uma relação de cumplicidade.
- É difícil te apoiar quando tu não te apoia e só arruma desculpa para as tuas ações. Quando tu só faz merda e espera que ninguém fale nada – Korn sente como se já tivesse dito isso um milhão de vezes, mas nunca é o suficiente. Aliás, nunca é suficiente para ele ouvir, ou é a cabeça de Korn que está girando demais. Eles estavam na sala discutindo e Pete se senta como se estivesse entediado. Korn se senta no sofá encarando Pete - o meu filho, teu sobrinho, está aqui e você traz toda essa gente e ainda me xinga quando eu te questiono.
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Life measure - KluenDao (JoongDunk) & PeteKao (TayNew)
FanfictionQuando duas vidas tão diferentes são espelhadas na medida certa. Kluen e Daonuea se encontram por força do destino e aprendem a lidar com as adversidades tanto do passado quanto do presente e futuro. Assim, juntos descobrem como medir o presente pe...