É a vez dos mais velhos (parte 3): Inimigo do tempo ou tempo inimigo?

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O tempo é uma luz que se apaga

Tu simplesmente perde ele num piscar

Não o controla, ele te esmaga

Tu inegavelmente a ele cedes


Os ossos do tempo nunca encontram terra

E o tempo te abandona e vive disso

Ele vive de abandonos e não erra

Ceda a ele, sobreviva quebradiço


Do tempo nascem coisas lindas

Pessoas prontas para a vida

E ele te abandona em idas e vindas


Sobreviveste, aproveite misericordioso

O tempo não controlas

Mas dele desfrutas esperançoso

A ele implora como se rende aos deuses

E as trilhas sonoras da tua vida? Elas deixam tudo mais bonito? Elas te trazem sensações, sentimentos... elas mexem com os teus sentidos? Os sonhos que doem se intensificam com elas? O silêncio é uma trilha sonora? Era o silêncio que Pete ouvia quando finalmente viu Korn. Não, não eram sons abafados, era apenas um silêncio que trazia sensações difíceis de compreender e explicar - mas silêncio não é vazio, silêncio pode ser doce e suave. Silêncio nem sempre é tormenta porque pode ser relaxante, reconfortante. O irmão dele parecia apenas estar dormindo em uma expressão inexpressiva, mas Ploy disse que ele passou por uma intubação. Pete poderia estar passando por uma crise de novo porque ele sabia que tinha sons no quarto, porém ele também sabia que não era uma crise, era alívio por ver Korn - talvez fosse silêncio relaxante por isso ele não ouve nada.

E assim foram os próximos dias. Pete ficava de visita com Korn até às dez da manhã e ia para o escritório depois; de tarde passava na casa de Ploy, ficava com Kluen e voltava para sua casa quando Ploy chegava; inicio da noite ia para o estúdio/escritório para concluir seus afazeres e sua agenda de projetos (Pete era produtor musical) e voltava para casa tarde da noite para desmaiar de sono depois do banho. O ciclo só teve fim quando Korn acordou, Pete passou na casa de Ploy quando recebeu a ligação do hospital para que fossem juntos. Sobre Kluen: Como acharam melhor saber as condições de Korn antes dessa visita então, antes de irem deixaram Kluen com a vizinha, que era mãe de um amigo de Kluen. O caminho para o hospital foi preenchido por um silêncio avassalador, nenhum dos dois sabia o que esperar, porém de todos os cenários apresentados eles só visualizavam o melhor - era como estavam aguentando toda a semana que se passou tão arrastada como um agosto sem fim, jogo o melhor para o universo e espera que ele devolva metade daquilo. "Eu dirijo, Pete, você não tá em condições e tá tudo bem, estavas esperando por isso e é normal essa enxurrada de sensações" ... olhando pela janela do carro Pete repassou as palavras de Ploy, quando ela disse isso ele pensou no que poderia ter de errado nele e então ele olhou para suas mãos e estavam tremendo e suando, com isso ele simplesmente assentiu e entregou as chaves. Agora no carro ele olha para as mãos e ainda está tremendo só que, diferente do dia do acidente, o mundo estava ensurdecedoramente barulhento: ele sentia o mundo gritar com ele através de buzinas, barulho de motor e qualquer outra coisa que se ouça em uma rodovia.

Life measure - KluenDao (JoongDunk) & PeteKao (TayNew)Onde histórias criam vida. Descubra agora