Capítulo 15 - Anseio meu (parte 2): Anestesiado

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Oi, oi, amoress

Cheguei com mais uma att. Boa leitura, galera <3

O que minha alma não diz

O meu coração não sente

Mas não me mente...

Porque eu quero sentir

Tudo que tu me oferece eu quero

O que minha alma não diz

O meu coração não sente 

Me entrega teu eu de verdade

E eu não vejo falsa bondade

Aquela verdade mentirosa

O que minha alma não diz

Meu coração não sente

E no me anestesiar tu me faz sentir tudo

Esse calor frio é uma eterna contradição

Nuea talvez ficasse um pouco envergonhado de manhã por estar tão emaranhado em Kluen, mas não era a preocupação dele no momento. Eles sentaram na cama com as costas encostadas na cabeceira e Kluen ficou abraçando Nuea de lado pela cintura. Nuea estava com a cabeça deitada no ombro do menino. Nuea não pensou muito quando abriu a porta, ele só não queria ouvir nada... ele não queria sentir nada, ele não queria nada. Ele queria o nada. Kluen inebria os sentidos dele e ficar abraçado com o garoto parecia o que ele precisava naquele momento para se acalmar.

Kluen perguntou o que afligia Nuea no momento e Nuea olhou relutante, mas, também, Nuea nunca viu o olhar de alguém tão interessado nele e no que ele tinha a dizer... Nuea sempre passava batido quando a pessoas perguntavam sobre ele: ele balançava a cabeça, sorria, dizia que ia passar porque não era nada demais e ninguém perguntava mais nada depois... ele nunca teve que sentir olhos tão interessados e preocupados sobre ele.  

- A minha mãe... ela não merecia, mas eu também não merecia. A minha irmã não merecia... mas eu também não merecia - Kluen encarava Nuea esperando o menino continuar - meu pai traiu a minha mãe com a mãe de uma amiga da Rin. Um dia as meninas chegaram na casa da tal guria e encontraram os dois... enfim, Rin descobriu e contou para minha mãe. A minha mãe entrou em um espiral de negação porque na época ela estava sem emprego e acabou ficando muito dependente financeiramente do meu pai. Eu tinha uns onze... quando tudo começou e isso se estendeu até a gente vir pra Alemanha - Kluen estudava o olhar de Nuea - Ela ficou com medo de não dar conta de cuidar de mim e da Rin, a minha mãe, então... ela ignorou o que a Rin contou, fingindo que nada tinha acontecido e dizendo que acreditava no meu pai. Rin não aceitou isso muito bem... e eu, de verdade, entendo as duas - Kluen firma um pouco mais o abraço em volta da cintura de Nuea - no começo Rin não me envolvia... era como se fosse uma Rin comigo e uma outra com a minha mãe. Eu não acho certo de forma alguma minha mãe ter ignorado os sentimentos de Rin... mas eu entendo a situação: ela tinha acabado de perder o emprego e estava em uma fase péssima, isso foi um pouco demais. Depois disso, as duas nunca foram as mesmas. Rin era uma pessoa radiante e incrível, mas ela também era cruel e manipuladora quando ela queria machucar. Minha mãe dizia A, Rin queria B, minha mãe aceitava B e Rin iria decidir que A era na verdade o certo; Rin mentia sobre coisas que aconteciam em casa para os outros e mentia em casa... - Nuea suspira pensando no que falar - Minha irmã sempre teve um tendência a inventar histórias e mentir, mas até aquele ponto não era algo cruel, entende? Era quase parte do charme dela, mesmo minha mãe repreendendo dizendo que era errado, mas era um sorriso da Rin e todo mundo esquecia - Nuea passa a mão no rosto - eu não exatamente sei se era pra ferir minha mãe; se era pra ter o que queria; ou se era apenas porque era o que ela queria, mas Rin se aproximou do meu pai de uma forma incomparável. Meu pai fazia coisas e pedia para Rin acobertar... e o mesmo era ele com Rin. Depois de tudo ela começou a agir como um furacão: chegava em casa, pegava o que queria, mexia no que queria e saia de novo. As brigas existiam, mas as discussões feias começaram quando Rin começou a agir assim.

Life measure - KluenDao (JoongDunk) & PeteKao (TayNew)Onde histórias criam vida. Descubra agora