capítulo 5

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*Lena, preste atenção no cheiro do James*, disse Rosa. 

— Como assim? — perguntei. 

*Só sente o cheiro, droga. Cris está ficando irritado*, Rosa respondeu. 

Concentrei-me, e então entendi: *Ele está quase entrando no cio? Que nojento!* 

— Que droga. James, não estou querendo perder meu tempo com você — disse, tentando passar por ele enquanto puxava Kara. 

— Qual é, Lena? Vamos conversar — insistiu James, tentando segurar meu braço. Antes que ele pudesse me tocar, Kara segurou sua mão. 

— Ei, sua plebeia, não se meta na conversa de gente importante! — gritou James, irritado, tentando puxar o braço para se livrar do aperto de Kara. Mas ela nem se mexeu. 

— ME SOLTA, PORRA! — gritou James, irritado. Kara puxou seu braço, fazendo-o se aproximar dela. 

— Na próxima vez que você tentar encostar na Lena, eu cortarei seus dedos — disse Kara, com uma voz nada amigável. 

Todos os ômegas ao nosso redor se sentiram fracos. 

*Ela é Lupus!*, gritou Rosa na minha mente. 

— Kara, se acalma — falei, puxando-a pela mão. Ela me deixou guiá-la até a cozinha, que estava vazia. 

— Kara, você está bem agora? — perguntei. Ela estava de olhos fechados, respirando fundo. 

— Estou bem, Lena — respondeu, mas seus olhos continuavam fechados. 

— Então por que está com os olhos fechados? Abra os olhos e diga pra mim que está bem — insisti. 

Kara abriu os olhos, que estavam num tom azul escuro. 

— Me desculpe. Você deve estar com vergonha, né? — disse Kara, cabisbaixa. 

Como essa idiota pensa que estou com vergonha dela? 

— Por que eu teria vergonha de você? — perguntei, segurando seu rosto. 

— Eu quase bati naquele idiota — confessou Kara. 

— E por que você quase bateu nele? — perguntei. 

— Porque ele estava usando o cheiro que o cio deixa mais forte. Ele estava atraindo todas as Omegas com aquele cheiro horrível — explicou Kara, cerrando os punhos. 

— Você só estava cuidando de mim. Está tudo bem agora. Ele é um idiota, e isso será reportado à minha família — disse, puxando-a para um beijo. 

Kara e eu passamos a festa conversando com alguns amigos dela e dançando. Enquanto Kara bebia, preferi ficar na água. 

— LEEEENAAA! — escutei Sam me chamando. Virei-me e a vi acompanhada de duas pessoas. 

— Olá, Sam — disse, percebendo que ela estava bêbada. 

— Leee, vamos procurar... o que... comer! — disse ela, enrolando as palavras. 

Antes que eu pudesse responder, senti braços me abraçando pela cintura. 

— Lee, estou com fome — disse Kara, colocando o rosto na curva do meu pescoço, me fazendo arrepiar. 

— Vamos comer então — falei. Olhei para Sam. — Vamos, vocês podem ir com a gente. 

Saí puxando Kara pela mão, enquanto Sam vinha nos seguindo com a ajuda de um dos rapazes. 

Já estávamos todos no carro. 

— Coloque o cinto, Kara — pedi. 

Ela fez um bico. 

— Lee, mas eu estou com fominha... — disse Kara, e por um momento, eu quis guarda ela  dentro de um pote. 

— Mas, para irmos comer, você precisa colocar o cinto, certo? — respondi, olhando para ela. Kara colocou o cinto, e olhei para trás, vendo que todos os outros também estavam com os cintos colocados. 

Paramos numa lanchonete, e todos estavam sentados em cadeiras. Kara brincava com a ponta do meu cabelo. 

*Certo, Lena, ela é perfeita demais. Olha para esse bebezão. Nem parece que pode quebrar alguém no meio. Só me apaixono mais*, disse Rosa. 

— Boa noite a todos. O que vão querer? — perguntou uma atendente, sem tirar os olhos do caderno de anotações. 

— Vou querer três hambúrgueres, acompanhados de uma porção grande de batatas, duas Coca-Colas de 2 litros e uma vitamina de cajá — pedi, olhando para os meninos. — E vocês, o que vão querer? 

A atendente finalmente olhou para mim e pareceu surpresa. 

— Ah, meu Deus... Princesa! — disse ela, já se inclinando, mas parou quando viu Kara. Ela travou, encarando-a. 

— Está tudo bem. Apenas atenda aos pedidos — falei, já ficando irritada com o olhar dela para Kara, que, por sorte, estava entretida com o celular. 

— Ah... Sim, claro, princesa — disse a atendente, voltando-se para os meninos, que fizeram seus pedidos. 

— Olha, olha, Lee! — disse Kara, animada, virando o celular na minha direção. 

Ela tinha tirado uma foto nossa juntas. Eu estava olhando para frente, e a legenda dizia: *Minha, só minha.* 

*Lena, ela é totalmente nossa alfa*, disse Rosa. 

— Sim, ela é nossa alfa — concordei mentalmente. 

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eu sou sua rainha Onde histórias criam vida. Descubra agora