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     O tempo passou, o primeiro trimestre acabou e, agora, neste domingo em que estamos, é meu aniversário de 17 anos

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     O tempo passou, o primeiro trimestre acabou e, agora, neste domingo em que estamos, é meu aniversário de 17 anos. Não sei se estou animado ou não, pois nunca tive uma festa de aniversário, e meio que não avisei meus amigos da data.
     Minha mãe me deu parabéns logo de manhã, já meu pai acho que nem se lembra que dia eu nasci. Mas não é como se eu quisesse algum parabéns dele, de qualquer forma.

     — Eu preparei um bolo para você, querido! De baunilha, creme e morango — Disse a mulher, animada.

     — Obrigado, mãe — Ela sempre fazia um bolo confeitado para nós em meus aniversários. Ela dizia que era a única coisa que poderia me dar de presente, já que não tinha dinheiro e se pedisse ao meu pai, ele diria que é besteira e que não preciso de mais regalias.

     Senti meu aparelho vibrar em meu bolso, logo pegando-o para verificar.

     Sal:

<Ei, Trav|
<Vi que tirou notas boas esse trimestre, parabénssss<<33|

     Sorri quando li. Sal era gentil demais, e não só comigo, mas com todos a sua volta, mesmo que tendo seus defeitos e seus momentos. Ele parabeniza e comemora qualquer mínima conquista de um amigo, e admito, acho isso fofo. Pode rir de mim se quiser.

|Obrigado, Sally! =) >


     O restante do dia foi bom! Acho que é a primeira vez que tenho um aniversário normal. Por mais que meu pai estivesse em casa, ele passou a maior parte do tempo na sala, sentado assistindo tv. Sinto que nem ouvi a voz dele hoje.
     Tenho agradecido tanto ultimamente, minha vida tem ido de boa a melhor. Sem muitos problemas. Fiz amigos, saí, tenho me dado bem na escola, meu pai parece estar calmo e, se não estiver calmo, pelo menos está quieto. Sinceramente, não tenho nada a reclamar. Estaria finalmente minha vida entrando nos trilhos?
     Estávamos todos a mesa da copa, jantando tranquilamente antes de comermos o bolo, até que o homem sentado do outro lado do móvel decide me dirigir a palavra.

     — Quem é aquela garota de cabelo azul que vive andando com você? — Por que ele queria saber? Isso tá me cheirando estranho.

     — Sally? — Minha mãe pergunta, olhando para mim e para meu pai, inocentemente.

blue eyes like the devils waterOnde histórias criam vida. Descubra agora