better in the dark

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     Mais uma noite, em que eu estava deitado, com insônia

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     Mais uma noite, em que eu estava deitado, com insônia. Ah, sim, a minha velha amiga insônia. Não importava quanto tempo ela ficasse ausente, ela sempre voltava para me fazer companhia em minhas noites mais solitárias. Isso sim, que é uma boa amiga.
     Me dispersei de meus pensamentos, quando escutei sons estranhos vindo da cama ao lado. Respiração alta. Fiquei atento a algum outro barulho. O escutei fungar. Ele estava chorando?

     — Sal? — Nada — Está acordado? — Me sentei no colchão, olhando por cima da cama qual ele estava. O que meio que não adiantou, estava muito escuro pra ver alguma coisa.

     — Sim — Ele pareceu tentar esconder a voz trêmula, mas acabou falhando no finalzinho.

     — O que houve? — Nada em resposta, novamente — Pesadelo? — Eu sabia que ele tinha pesadelos às vezes, e eu acabei me acostumando com isso nesses tempos em que estive morando com ele. Ele acenou que não, respondendo a pergunta.

     — Um cara da escola, nada demais — Bom, eu percebi mesmo que ele não estava muito legal na escola, mas ele insistiu que estava bem na hora.

     — Quem?

     — ... Noah — Não estou surpreso. É sempre ele. 

     — O que ele te fez?

     — É... Coisas... — Sussurrou a última parte. Senti uma raiva sem igual subir dos meus pés a minha cabeça.

     — Que diabos são "coisas"? — Questionei. O ouvi suspirar.

     — Ele estava com o "grupinho" dele, você sabe, a galera do futebol — Sua respiração estava descompassada, intercalando com soluços — Ele tirou minha máscara à força na frente de todo mundo. Foi por trás, eu nem tive tempo de reagir.

     — Ele falou alguma coisa pra você?

     — Todos eles falaram — O jeito que ele disse me despedaçou.

     Eu ia matar aqueles desgraçados, um por um. Que porra eles pensam que estão fazendo? Que direito eles acham que têm? Eu não ia deixar isso passar, ô, se não ia. Nem que eu tenha que me juntar com o Larry pra quebrar esses infelizes.
     Subi pra onde ele estava deitado, ficando ao lado dele, lhe fazendo companhia. Podia ver só uma sombra de sua imagem na escuridão. O garoto estava encolhido, deitado de lado frente-a-frente comigo e com os braços ao redor de si.

blue eyes like the devils waterOnde histórias criam vida. Descubra agora