i think u rlly cool

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     Tudo anda sendo tão leve, você consegue entender isso? Na escola, em casa, tudo anda pacífico, tranquilo demais

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     Tudo anda sendo tão leve, você consegue entender isso? Na escola, em casa, tudo anda pacífico, tranquilo demais. E isso não é nada ruim.
E aqui estou, numa linda tarde, de uma sexta feira ensolarada da primavera. Acabei de sair do colégio junto a Sal, e ele, daqui a pouco, provavelmente dirá uma frase típica de final de semana escolar.

     — Vamos dar uma volta hoje? É sexta!

     Ele diz isso toda santa sexta. Mas é bom. É quando corremos em direção à cidade, e vamos pra algum lugar onde ninguém nos conheça, onde ninguém saiba nossos nomes. Eu, obviamente, aceitei o gentil convite, já que sair com ele é sempre algo bom de se fazer. Ele é um ótimo companheiro, e isso ninguém pode negar. E o acho tão especial, o acho tão legal...
     Sim, legal talvez fosse a melhor palavra para defini-lo. Como é a personalidade dele? Legal. Como é a aparência dele? Legal. Como é o estilo dele? Legal demais! Sal Fisher era legal demais.

     Como toda sexta, seria o mesmo 'rolê rotineiro. O passeio pela cidade, nos embrenharmos na floresta até o lago, comermos, e então ele me pediria um esqueiro para acender seu cigarro, porque pela milésima vez ele esqueceu o dele em casa, mas eu nem fumo, então nunca teria um; estava tudo programado na minha cabeça, como um roteiro, um padrão, um filme que se passava várias e várias vezes.
     Bem, foi como o planejado. Fizemos tudo o que eu citei.

     Ele gosta de andar pelo centro. Olhar as vitrines das lojas de roupas e apontar toda vez que vê algo bonito, mas sempre reclamar do preço. Acariciar todo gatinho que encontrar pelas ruas, porém fugir e se esconder dos cachorros; ele definitivamente não consegue ficar perto deles.
     Fomos pra floresta afastada, indo em direção ao Wendigo. Sal quase caiu na água, por sorte tive tempo de segura-lo; provavelmente ficaria doente se caísse lá a essa hora da noite. Nos sentamos na beira do lago, enquanto jogávamos papo fora; conversa fiada, pura inutilidade e futilidade, nada muito profundo. E está tudo bem, pois nem sempre tudo precisa ser algo avassalador, que muda o rumo da vida e o modo de pensar.
     Passamos na mesma lanchonete de sempre. Pedimos a mesma coisa, também de sempre. Para mim, um pastel de palmito, para ele, um hambúrguer com bacon. Pagamos e nos fomos, rumo a próxima aventura.
     Andamos calmamente pelas ruas vazias e sem cor, quando ele decide fumar e, surpreendentemente, ele tinha um acendedor no bolso, dessa vez. O mesmo soltava aquela fumaça mal cheirosa, respirando profundamente. Eu detesto cigarros, eles fedem, sem falar na merda que fazem com nosso corpo. Mas não posso impedi-lo, de qualquer jeito.

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⏰ Última atualização: 4 days ago ⏰

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