Já se passou um mês desde que Juliette foi para casa de Rodolffo. A perna dele está muito melhor. Agora é só fisioterapia
Juliette é quem o acompanha sempre a todas as sessões. Rodolffo ainda tem dificuldade em dirigir e Lia nem sempre está disponível.
Hoje, depois de mais uma sessão resolveram almoçar no restaurante.
Qual a probabilidade de Rodolffo e Juliette se cruzarem com a mãe dele? Muitas.
Os dois já degustavam a sua refeição quando ela entrou acompanhada da amiga.
Ema ao ver Rodolffo dirigiu-se à mesa.
- Está explicado o porquê de te afastares de mim. De novo essa aí?
- Mãe, estamos num lugar público.
- Olhe, minha senhora! Essa aqui, tem nome, Juliette Graça. Ou melhor, para si doutora Juliette Graça, e como pode ver a sua estratégia não funcionou.
- Vai lá em casa, filho. Vai conversar comigo.
- Não tenho o que conversar enquanto a minha mulher for desrespeitada por ti.
- Mulher? Há quanto tempo se conhecem?
- Tempo suficiente para saber que ela tem mais carácter que vocês duas juntas. Agora por favor, deixem a gente terminar de comer.
- Vamos embora, Ema. Não preciso que me ofendam sem ter feito nada. - disse Micaela.
- Diz ao teu pai que eu preciso falar com ele. Preciso que ele aumente a pensão, porque contigo fora de casa não consigo me manter.
- Que idade tens, mãe? 57. Sabes quantas pessoas com 60 e mais anos vão trabalhar todos os dias. O meu pai é um deles.
- Mas eu nunca trabalhei. Vou começar agora?
- Sempre será hora de começar. Não vou dizer nada ao pai.
- Vou procurar a justiça.
- Pois procure e boa sorte, agora licença.
Elas foram embora sem almoçar. Os dois terminaram a refeição e foram para casa.
Rodolffo estava triste com a situação. Na altura da separação dos pais, eles não explicaram o verdadeiro motivo. Ema acusou o marido de traição e ele simplesmente ficou em silêncio como se fosse verdade.Os filhos pensaram o mesmo pois viram ele assumir outra pessoa logo de imediato.
Lia estava em casa e Rodolffo contou-lhe do encontro.
- Um dia destes vou lá vê-la. Tenho umas coisas que lá ficaram e eu preciso delas. E o meu sobrinho, como está?
- Porque achas que é menino?
- Porque aqui a madrinha quer um afilhado.
- Madrinha? Quem foi que te convidou?
- Ai Rodolffo, e precisa? Quem encontrou a Ju, para ti? Quem tem cuidado de ti até a Ju vir?
E digo mais, madrinha do bébé e do vosso casamento.- Já não vai ter casamento, Lia. O teu irmão já me apresentou como mulher dele para a tua mãe e aquela outra lá.
- E fez bem. Tem que cuidar mesmo
Agora vou por-me bonita porque hoje vou sair com o Marco António.- Quem é Marco António? - perguntou Rodolffo em tom intimidatório.
- Um menino lá da faculdade. A gente conversa faz algum tempo e hoje vamos sair.
- Eu quero saber tudo. Quem é a família, onde vive, quais as intenções com a minha mana. Ele vem aqui?
- Esquece, Rodolffo. Não vais sujeitá-lo a um interrogatório. Já não tenho 15 anos.
- Para mim tens uns doze.
- Sou mais adulta que tu. Se não fosse eu ainda estavas debaixo da asa da mãe.
- É verdade. Juízo mana. Só não quero que te magoem.
- Fica sossegado. Não vou deixar. Agora fui.
Lia atirou-lhe um beijo e seguiu para o seu quarto.
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Falta de atenção
FanfictionEstejam sempre atentos. A falta de atenção pode ocasionar vários contratempos. Um comboio que se perde, um dia que não se vive...um amor que passa e não dá tempo de agarrar.