Capítulo III

50 13 8
                                    

Enquanto Rodolffo saiu para ir buscar os seus pertences, Juliette analisava tudo o que tinha acontecido.

Nunca nenhum dos seus paqueras lhe tinha provocado tamanho tesão assim à primeira vista.  Aqui, foi só bater o olho.

Pensou, f@da-se!  Sou livre e desimpedida, pago as minhas contas, não devo satisfação a ninguém.

Sou Juliette Graça, nasci em Sesimbra, terra de meus pais.  Estudei sempre em Lisboa e quando me formei advogada foi em Lisboa que decidi morar.

Filha única, era sonho dos meus pais que eu continuasse a morar com eles, mas eu apanhei o meu pai em flagrante a trair a minha mãe.  Decidi contar e apoiá-la.  Ele negou na frente dela e ela resolveu acreditar nele e acusar-me de querer separá-los.

Tivemos uma grande discussão e foi nessa altura que decidi vir para Lisboa.

Trabalho numa empresa de importação juntamente com a Luísa a minha melhor amiga.

Nunca tive namorado fixo.  Irritam-me homens grudentos, mas também não saio por aí transando com o primeiro que encontro e logo na primeira hora.  Quer dizer, não até hoje.  Não sei o que me deu.

Rodolffo entrou com a sua mala e o meu corpo logo se arrepiou.

Jesus, o que tem este homem?  Vou virar ninfomaníaca se não sair de perto dele.

- Quanto tempo falta para chegarmos?

- Mais ou menos duas horas, porquê?

Juliette já foi sentando no colo dele beijando-o.

-  F@de-me de novo.

- Não ficaste satisfeita?  Será que perdi qualidades.

- Eu quero mais.  Eu quero-te de novo dentro de mim.

- Fecha a porta.

E de novo iniciaram uma sessão de sexo.  Desta vez mais lento, sem pressa.  Juliette abriu a janela e debruçada nela foi penetrada por trás.  A deslocação do ar provocava-lhe arrepios que aumentavam o prazer.

Não houve nenhum pedaço daquela cabine onde eles não transaram.  Também não era assim tão grande, mas várias posições eles experimentaram.

Rodolffo sentou-se ofegante.

- Que fogo é esse rapariga?

- Acredita se quiseres.  É a primeira que me acontece, eu ter tanta tesão só de olhar para um homem.

- Sinal que sou gostoso.

- E és mesmo.  Era capaz de ficar o dia todo só f@dendo contigo.

- Não tenho essa pedalada toda, não.  Estou aqui parecendo que um camião passou por cima de mim.  E olha que nunca tive queixas, mas tu, mulher acabavas comigo rapidinho.

- Não acabo.  Logo cada um vai à sua vida e tu esqueces.

- Está viagem vai ficar sempre na minha memória.

- A viagem em que conheceste a mulher mais depravada.

- A viagem em que tive a melhor f@da da minha vida. Difícil de esquecer.
Foi bom para ti?

- Foooi.  Quer dizer, mais ou menos.
Ainda não passou toda a vontade, mas não quero acabar contigo.

- Mudei de ideias.  Não te vou levar para minha casa.  Vou levar-te para um hotel.  Lá estaremos mais à vontade.

- Tu fazes o quê?

- Tenho um bar nocturno na cidade.

- Ishhhh!  Sexo para ti é o pão de cada dia.

- Enganas-te.  Tenho o bar há apenas um mês.  Eu sou engenheiro informático, esta é a minha principal ocupação.   O bar veio agora.  Surgiu a oportunidade e eu quis experimentar.  Só vou lá ao início da noite.  Aos finais de semana é que fico mais tempo.
E tu, fazes o quê?

- Sou advogada?

- Lasquei-me.  Contigo tenho que andar na linha.

- Estou de férias.  Logo regresso a Lisboa e me esqueces.

- Só se nós quisermos. Podemos sempre marcar uma viagem de comboio.

- Pois podemos.  De Norte a Sul  para a viagem ser mais demorada.

- Estamos a chegar, Juliette.

Juliette olhava pela janela e gostava do aspecto da Vila.

Falta de atenção Onde histórias criam vida. Descubra agora