Capítulo II

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- Um doce pelos seus pensamentos. - disse Rodolffo ao vê-la pensativa e com o olhar distante.

- Não como doces salvo raras excepções. - respondeu passando a língua e humedecendo os lábios.

Aquele gesto despertou algo no corpo de Rodolffo.   Será que ela está a provocar-me, pensou.

- Casada, solteira ou comprometida?

- Comprometida com a vida.  Livre e muito realizada.

Juliette falava sem olhar para ele.  Por um motivo qualquer olhar directamente para ele deixava-a sem jeito e ele estava em frente a ela e demasiado perto.  Optou por olhar para a janela enquanto ia falando.

- O que de interessante vês lá fora?  Gosto que olhem para mim enquanto converso.

Aqui, Rodolffo já mostrou mais intimidade e começou a tratá-la por tu.  Levantou-se e resolveu sentar-se do lado dela.

- Deixa eu ver essa paisagem.

O assento era pequeno para dois, mas isso não impediu que ele se encaixasse ali.  Ficaram com os corpos coladinhos.  Rodolffo inclinava-se fingindo olhar pela janela e inspirava o aroma do cabelo dela.
Juliette encolhia-se mas não o repreendeu.

Uma mão marota passeou pelos cabelos e costas dela deixando-a arrepiada. Do nada um beijo no pescoço e Juliette levantou-se repentinamente.

- Estás doido?  Acabámos de nos conhecer.

- E depois?  Somos adultos.  Vais dizer que não sentiste nada?

Juliette trancou a porta da cabine.
Estava de vestido longo de alcinhas e decote acentuado.  Rodolffo puxou-a para o colo e deixando cair as alças do vestido foi logo abocanhando um dos seios enquanto apalpava o outro.

Juliette gemia com o corpo inclinado para trás.

A camisa dele assim como o vestido dela logo foram descartados.  Juliette ficou apenas de calcinha.  Os beijos sucediam-se enquanto as mãos tinham necessidade de explorar cada um dos corpos.

Juliette abriu o ziper da calça dele deixando a descoberto uma obra prima.  Segurou-o com as duas mãos e ajoelhou-se na sua frente.

A língua passeava por toda a extensão do membro dele e fixava-se na glande até que o abocanhou todo.

Rodolffo segurava a cabeça dela e acompanhava os movimentos de vai-vem.  Os gemidos eram abafados pelo ruído do comboio nos carris.   Alguém que estivesse do lado de fora dificilmente saberia o que se passava lá dentro.

Prestes a explodir de prazer, Rodolffo mudou de posição com ela e foi a sua vez de cair de boca na intimidade dela.

Quando ela gozou, trouxe-a de novo para o seu colo e meteu gostoso.  As mãos na cintura dela ajudavam os movimentos  enquanto lhe chupava os mamilos.

Juliette apoiava-se nos ombros dele e acelerava os movimentos até que os dois gozaram em simultâneo.

Com a respiração quase normalizada, Juliette soltou-se dele, retirou da bolsa uma embalagem de lenços humedecidos, entregou alguns a Rodolffo e limpou-se também.

Devidamente compostos, Rodolffo abriu a porta e dirigiu-se à cabine dele para voltar pouco depois com a sua bagagem.

A viagem ainda nem tinha chegado a meio e Juliette já tinha muito que contar ao seu diário.  Sim, Juliette ainda era das que escrevem diários, principalmente das viagens.

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