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Alana

Alana: Fernando, por que meu tio me tirou de casa uma hora dessa? Cadê a Mayla?

Eu tava dormindo, quando o interfone do apartamento tocou, era o Fernando, o motorista do meu tio.

Fernando: é isso que ele tá querendo saber. - franzi o cenho.

Alana: como assim? Ela não tá aqui?

Escutei passos.

Roberto: Alana, cadê a Mayla, que desde ontem ela na da as caras em casa?

Alana: desde ontem? - engoli seco.

Roberto: sim, cheguei ontem de viagem, e ela não tava em casa, e a Ágatha ta pra ficar doida.

Alana: tio, então eu não sei, a gente saiu ontem, mas a festa tava chata, então vim pra casa e ela ficou. O senhor já tentou ligar pra ela?

Roberto: é claro que sim né Alana. Só dá caixa postal.

Alana: espera um pouco, vou tentar falar com uma amiga nossa, ela também tava na festa.

Peguei o celular e liguei para beatriz.

Estava rezando mentalmente para que o celular dela chamasse.

Chamou.

Alana: ela não tá atendendo. - chamou até cair. — vou mandar mensagem.

Bia, cadê a Mayla, o tio tá procurando por ela!

Alana: vamos esperar ela responder, tio. - me sentei no sofá.

Eu não devia ter deixado ela sozinha.

Tentei ligar para ela de novo, só chamava.

Roberto: Alana, onde era a festa?

Ferrou.

Alana: Quê, tio?

Roberto: o local da festa, alana. A onde era a festa que vocês foram?

Engoli seco.

Roberto: desembucha, alana!

Alana: na comunidade - abaixei a cabeça.

Roberto: é o que Alana, vocês foram pra favela? - gritou.

Alana: tio, a Mayla insistiu tanto, acabou que eu concordei da gente ir.

Roberto: QUANTAS VEZES EU PEDI PRA VOCÊS DUAS NÃO PISAREM O PÉ NAQUELE TIPO DE LUGAR?

Me encolhe.

Agata: não grita com a meninas, Roberto. - entrou na casa.

Me levantei.

Alana: tia, a ideia não foi minha, eu só a acompanhei, eu não queria ir, eu avisei que lá era perigoso e que o tio Roberto não queria a gente lá.

Roberto: tu tinha que ter trago ela junto contigo!

Ágata: Roberto, calma. Mayla pode tá na casa do namorado, o Samuel.

Roberto: Que namorado? Ela tá namorando?

Ágata: você saberia se ficasse mais em casa.

Alana: vou ligar pra ele. - disquei o número dele do Samuel. — tá chamando - avisei. — Alô, samuca?... ah, oi, a Mayla tá aí com você?

....

Alana: você não fala com ela desde ontem?... tá, qualquer coisa se ela aparecer por aí ou ligar, me avisa... não, não se preocupa... tá bom, tchau.

Desliguei a ligação.

Roberto: eu vou ligar pra polícia! - se afastou com o celular na mão.

Entrei na conversa da Beatriz, ela tinha visualizado a mensagem, mas não respondeu

Bia, cadê a Mayla, me responde!!!

Enviei.

Ela visualizou de novo, mas não respondeu.

Me responde!!!

Cadê a Mayla? Aconteceu alguma coisa?

O tio Ricardo já sabe que ela foi vista a última vez aí na comunidade.

Todas as mensagens foram visualizadas.

Ela tá sumida. O tio Ricardo já avisou a polícia. Se tu sabe onde ela tá, manda ela vim pra casa.

Ricardo: Alana, qual é a comunidade que vocês estavam?

Alana: Rocinha

Refém do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora