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Eu e a Alana conseguimos fazer o trabalho e apresentá-lo ele à tempo.

Até tentei inventar uma desculpa pra Beatriz não ficar sem nota, mas foi impossível, o professor é muito rigoroso.

Alana: cê vai lá pra casa? - me parou no meio do corredor.

Neguei.

Mayla: não, tenho que ajudar a dona Ágata em algumas coisas em casa.

Alana: tá, eu já vou indo então. - concordei.

Peguei o celular na bolsa, pra ver se tinha mensagem do motorista avisando que já tinha chegado.

Vou demorar pra chegar, está acontecendo uma manifestação, carro nenhum passa.

Bufei.

Fica tranquilo, vou pegar um moto táxi. - digitei.

Tem certeza? - ele mandou.

Sim. - mandei.

Guardei o celular na bolsa e sair da faculdade.

Ia ter que atravessar a avenida, tinha um ponto de moto táxi no posto de gasolina perto da escola.

Ia ter que da uma caminhada de uns 5 minutos.

[...]

Avistei o posto de gasolina, vi um carro vindo, então esperei ele passar para eu poder atravessar a rua.

Mas ele parou.

Pensei em da a volta por de trás do carro, mas ele deu a ré assim que tentei.

Mayla: mas que porra! ... tá maluco, caralho!!! - bati no vidro do carro.

Abriram a janela do carro.

Revirei os olhos assim que vi quem era.

Hg: se quebrasse a janela do meu carro, eu ia te esfolar viva, potinho de ouro.

Mayla: ce se acha muito corajoso, né não?

Hg: eu não acho, eu sou.

Bufei.

Hg: suco, me passou o teu recado. Entra aí. - destravou a porta do carro.

Olhei desconfiada.

Hg: entra logo. Não tenho o dia todo.

Abrir a porta do carro e entrei.

Olhei pra ele que deu um sorrisinho e arrancou com carro.

Mayla: ce vai me levar pra onde?

Hg: relaxa, desse vez eu não vou te sequestrar. Só se tu quiser.

Ignorei.

Ele deu alguma voltas, até entrar em uma rua deserta e parar o carro.

Hg: da o papo.

Mayla: eu quero saber quanto é a dívida da Bia.

Hg: tá querendo saber por que? Vai pagar? - debochou.

Mayla: Vou. Agora, me diz qual é o valor que eu te faço o pix.

Fechou o cara.

Hg: e a Beatriz tá sabendo disso?

Mayla: ela não precisa saber, isso pode ficar só entre a gente.

Hg: quer mentir pra ela, mina?

Mayla: eu não vou mentir. Você vai. E aí, qual é o valor?

Ele fingiu pensar.

Hg: era oito e quinhentos, mas eu deixo pelos oito, só porque é pra você, gatinha.

Fiz cara de nojo.

Hg: mas eu quero em espécie!

Mayla: eu não tenho oito mil em espécie.

Hg: ih princesa, só aceito se conseguir sentir o cheiro das cédulas.

Mayla: Ok. Eu vou da um jeito.

Hg: espero você amanhã no morro, sem falta.

Concordei.

Hg: quer que eu deixe você em casa? - sorriu.

Mayla: Deus me livre! Eu me viro daqui - abrir a porta do carro e sair.

Hg: ei! - parei e olhei pra ele. — tá gostosa. - ignorei e sair andado.

Refém do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora