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Mayla: nem pensar que vou pisar o meu pé naquele lugar de novo, ce esqueceu o que me aconteceu?!

Alana: eu não esqueci, mas tu quer que a gente resolva isso como?

Eu não fazia a mínima ideia.

Mayla: eu vou tentar ligar pra ela de novo.

Alana: não vai adianta, ela não vai atender, a gente tá ligando a semana toda.

Mayla: a esperança é a última que morre. - disquei o número dela e esperei chamar. — tá chamando. - olhei pra ela.

Alana: novidade - cruzou os braços.

Mayla: alô?... Beatriz?

Alana: é ela? - quase se jogou em cima de mim.

Fiz sinal pra ela ficar quieta.

Aqui é a tia dela. Quem gostaria de falar com ela?

Mayla: meu nome é Mayla, sou amiga da faculdade. Estou preocupada, ela não pareceu a semana toda, temos alguns trabalhos, provas pra fazer.

Sim, ela já me falou de você.

Mayla: Tentei ligar várias vezes e até mandei mensagem, mas ela não me respondeu. Aconteceu alguma coisa com ela, ela tá bem?

Minha filha, eu vou ser bem sincera com você, a Bia está envolvida em problemas.

Mayla: que tipos de problemas?

Olha, eu não gosto de falar sobre esse assuntos por celular. Mas se você quiser saber, você pode vim aqui em casa.

Mayla: ir aí no morro? - falei com certo receio. — não, não sei, talvez a gente possa se encontrar em outro lugar.

Eu sei o que aconteceu com você, a Bia me contou o que o Hugo fez com você...

Mayla: quem é Hugo?

Todos os conhece como hg.

Mayla: eu preferia que a gente se encontrasse em algum lugar mais reservado.

Sinto muito, mas estou muito doente, mal consigo andar na minha própria casa.

Fiquei em silêncio.

Pode vim tranquila, ele não está no morro, lhe dou a minha palavra.

A Alana que tava com o ouvido grudado no celular, concordou.

Mayla: Ok. Como faço para chegar na casa de vocês?

Na entrada do morro tem um ponto de moto táxi, procure o maycon, ele é meu filho, primo da Bia. Vou deixar ele avisado.

Mayla: tudo bem. Mas tarde estou ai.

Fico lhe esperando, minha filha.

Desliguei e joguei o celular em cima da cama.

Alana: será que tipos de problemas a Bia tá envolvida?

Mayla: Não sei. Só sei de uma coisa, tô com medo de voltar naquele lugar de novo.

Alana: eu vou contigo.

Debochei.

Mayla: grande coisa.

Alana: a gente vai da um jeito.

Hesitei antes de concordar.

[...]

Eu nunca me sentir tão nervosa antes como me sentir à poucos minutos atrás.

Tinha dado certo, conseguir chegar no morro sem da pra trás. Encontramos o primo da Bia e eles nos levou até a casa dele.

Refém do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora