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Não sei quanto tempo eu já tava andado pela aquela estrada sem fim. Mas, eu não conseguir ir muito longe também, eu tava fraca, a fome e a sede tavam me matando.

Não aparecia ninguém, eu não sabia onde eu tava.

Sentir minhas pernas falharem, me sentei no chão. Eu tava desesperada, sozinha no lugar que não conhecia, tava escuro.

Mayla: alguém me ajuda - supliquei. — por favor!  - cobrir meu rosto com minhas mãos. — eu não aguento mais... - solucei.

[...]

Acordei com uma claridade no meu rosto, abrir os olhos com um pouco dificuldade.

Vi uma janela e suas cortinas balançando com o vento.

Passei a mão a onde eu tava deitada, cama, eu tava deitada em uma cama.

Meu olhar percorreu o local, eu estava em um quarto, no meu quarto. Fechei os meus olhos, poderia ser apenas um sonho, ou delírio. Abrir os olhos, e continuava no meu quarto.

Escutei a porta abrir, e minha mãe passou por ela.

Mayla: mãe!

Ágata: minha filha! - me abraçou. — graças a deus que cê acordou, eu tava preocupada com você.

Mayla: mamãe, foi horrível. - comecei a chorar. — eu pensei que ia morrer, mãe. - abracei ela forte.

Ágata: já passou minha filha- se afastou. — olha pra mamãe - limpou meu rosto. — agora você já em casa, com sua família, tudo vai ficar bem, minha menina.

Mayla: c... como vocês... - solucei.

Ágata: Mayla, respira.

Respirei fundo.

Mayla: como vocês me encontraram?

Ágata: depois que aquele bandido marcou o local pra deixar o dinheiro, ficamos sem resposta por 2horas, até que recebemos um número desconhecido, avisando onde você tava. Eu e o seu pai estávamos quase ficando doido sem notícias sua.

Mayla: eu não consigo lembrar.

Ágata: é normal Mayla, ce passou por muita coisa esses últimos dois dias, e quando a gente te encontrou naquela estrada, você tava apagada... – deu uma pausa. — Quando eu tive estirada no meio fio eu pensei que o pior tinha acontecido.- começou a chorar. — eu fiquei com tanto medo de te perder minha filha.

Roberto: mas isso não aconteceu.- meu pai passou pela porta do quarto. — conseguiu descansar? - depositou um beijo na minha testa e se afastou.

Mayla: um pouco.

Ágata: eu mandei preparar alguma coisa pra você comer.

Mayla: sim, eu tô com muita fome.

Ágata: eu sei que sim, minha menina.

Roberto: depois que você tiver descansada a gente vai conversar.

Concordei.

Roberto: e aqueles bandidos, vão pagar, amanhã vamos na delegacia.

Ágata: calma, Roberto. Deixa a menina respirar.

Roberto: só estou avisando, Ágata. - me olhou. — descanse. - virou as costas e saiu.

Voltei a deitar o meu corpo na cama, respirei fundo. A minha paz tinha voltado para mim.

[...]

Depois que restaurei a minha energia com uma boa comigo, tomei um outro banho, sentia que precisava.

Ágata: Mayla, a Alana e uma amiga sua daqui. Vou mandar subir.

Franzi o cenho.

Vestir um camisetão e um esperei.

Alana: Ei! - me abraçou. — Graça a Deus cê tá bem.

Vi a Bia entrar.

Beatriz: Oi, Mayla.

Alana: ela insistiu em vim.

Mayla: não tem problema, Alana. A Bia não tem culpa do que aconteceu.

Alana: mas poderia ter evitado.

Mayla: Alana, para.

Beatriz: o problema da Alana, que ela pensa que as coisas são assim, resolvidas facilmente. Eu fiz o que eu pude, tentei intervir.

Alana: mas tu sabia onde a Mayla tava, sabia quem tinha sequestrado e poderia muito ter denunciado.

Mayla: pra quê? Pra depois a menina morta também?

Beatriz: deixa Mayla. A Alana não entende.

Alana: não entendo mesmo. - cruzou os braços.

Beatriz: o que eu pude fazer eu fiz, que foi avisar os pais da Mayla, onde encontrar ela.

Mayla: foi você que avisou?

Beatriz: foi... foi uma barra pra mim conseguir descobrir, porquê eles não iam avisar do local, eles já estava com o dinheiro mesmo, e também não queria arriscar serem pegos pela polícia.

Mayla: Aí, Bia. Obrigada mesmo, de coração. Acho que sem a tua ajuda meus pais nunca tinha me encontrar e eu ainda tava por lá, sem rumo.

Beatriz: nada. - deu um sorriso. — Mayla, eu queria muito te fazer uma pergunta.

Mayla: pode fazer.

Alana bufou e se jogou na cama.

Mayla: ih nem liga, Alana é amarga com a vida.

Beatriz: Eu sei. Mas enfim, por que cê mentiu sobre teu pai? Ce falou que ele era dono de uma clinica veterinária.

Cont...

Refém do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora