Os estudos dizem que o último sentido que a pessoa sente quando tá morrendo é a audição, o primeiro é a consciência, a pessoa não consegue mais pensar ou perceber ao seu redor.Foi essa a sensação que eu tive quando vi aquele homem pairando na minha frente, não conseguir mais pensar, as pessoas, as coisa sumiram do meu redor, só restava ele.
Escutei um zumbido no ouvido, sentir um frio da barriga.
Hg: colfoi, amor - pegou uma mecha do meu cabelo que tinha ficado solta, e enrolou no dedo. — perdeu a língua? - sorriu.
Conseguir tirar forças de algum lugar do meu corpo, pra tentar sair de perto dele, daquela cozinha.
Hg: vai a onde, princesa? - se prontificou na minha frente novamente. — fica mec, é só um papo, eu não quero mais nada de você, até porque o que eu queria eu já conseguir - me olhou de cima a baixo. — quer dizer, nem tudo. - se aproximou.
Mayla: se afasta de mim. - recuei pra trás.
Bia entrou no meu campo de visão. Ela conversava com alguém.
Ele olhou para onde eu estava olhando.
Hg: ce sabe que se eu quisesse te fazer alguma coisa não seria a magrela da Bia que ia conseguir te defender, né?
Mayla: o que você quer?
Hg: nada mina. - riu.
Um sorriso cínico.
Mayla: eu não acredito em você.
Vi a bia olhar em nossa direção, ela arregalou os olhos e correu.
Beatriz: hg? - ficou no meio de nós dois. — que porra cê ta fazendo aqui? Ce me seguiu?
Hg: não viaja, Bia. Eu não seguir ninguém.
Beatriz: e como ce veio parar aqui? É muita cara de pau tua, vim logo pra casa da mina que tu sequestrou! - falou baixo.
Ele riu e me olhou.
Hg: a casa é tua? - fiquei calada. — Ai, eu não sabia que a casa era tua não mina.
Beatriz: como tu soube da festa?
Hg: Matheus, avisou a gente. - tirou o boné e colocou de volta na cabeça.
Beatriz: peraí, veio mais gente?
Hg: alguns.
Beatriz: acho melhor vocês vazarem.
Hg: ih ala, por que? Não tô fazendo nada de errado.
Soltei um sorriso, com uma pontada de deboche.
Mayla: você invadiu uma propriedade que não é sua!
Hg: vai fazer o que? -cruzou os braços. — mandar me prender? Porquê se for assim, vai mandar prender a metade da festa.
Mayla: eu quero que você saia.
Hg: ih ala, eu não. - tirou a Bia da frente dele e se aproximou de mim. — tá me expulsando, mina?
Engoli seco.
Observei os amigos dele se aproximar.
Já tava decidido, eu ia dá a casa pra ele.
Mayla: vocês ficam e eu vou voltar pra casa. - tentei sair daquela roda que tinha se formado.
Hg: quer sair, pra chamar a polícia pra nós!?
Suco: a mina tá pensando que a gente é burro.
Hg: Cê fica. A casa é tua. A gente não vai fazer nada contigo, certo?
Os outros concordaram.
Hg: fica na manha, a gente só veio pela festa.
Beatriz: dê sua palavra!
Hg: que? - olhou pra ela.
Beatriz: quero que tu dê tua palavra que não vai fazer nada com ela. Você sabe quais são as regras.
Mayla: como a palavra dele valesse de alguma coisa.
Léo: uma ideia é uma ideia, mina.
Suco: a gente só tem uma palavra.
Hg: ok. Eu dou a minha palavra que não vou mexer em um só fio do meu pontinho de ouro. - me encarou.
Léo: e ela, quem garante que ela não vai avisar a polícia ou o papaizinho dela?
Beatriz: ela não vai. EU DOU A MINHA PALAVRA.
Olhei pra ela incrédula.
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Refém do morro
FanfictionA Mayla é uma estudante universitária, filha de deputado federal.