𝟶𝟹. I SEE RED AND BLUE.

296 26 110
                                    

ⵈ━══════ ☂ ══════━ⵈ

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

ⵈ━══════ ☂ ══════━ⵈ

HÁ MESES EVIE NÃO TINHA UMA PERTURBAÇÃO EM SUA VIDA, já que a maioria de suas manhãs e tardes eram preenchidas com ajudar Elliott em coisas aleatórias ou dar uma caminhada por Dallas - sempre paranóica, sempre olhando por cima dos ombros -, à procura de alguma coisa nova para explorar e descobrir. Era uma das coisas que ela adorava nas grandes cidades. Ela havia crescido em diversos lugares, e estava acostumada a finais de semana reservados apenas para explorar os bairros e os arredores. Vilas e povoados são uma coisa à parte, facilmente encobertos, mas lugares como Paris, onde morou dos sete aos oito anos, Oxford, sua cidade de origem, ou mesmo Nova York, são sua grande paixão.

São cidades que pode consumir com a avidez que quiser, devorá-la todos os dias - comida, arte, cultura, o que quiser - e nunca ficar sem. É o tipo de lugar que você leva anos para conhecer, e, ainda assim, parece sempre haver uma nova ruela, uma nova escadaria, uma nova porta. Em Nova York, ela e Cinco percorreram juntos a maior parte dos cinco distritos - Manhattan, Brooklyn, Queens, Bronx, Staten Island - e planejavam fazer mais. A vida deles era insignificante no meio de tanta gente. Eles eram invisíveis.

Mas agora, enquanto observa Diego quase fazer um buraco no tapete da cozinha, pensa que a situação poderia ser pior. Ela poderia estar presa em uma cidade pequena, por exemplo. Uma daquelas como Buford, em Oxfordshire. Cidades pequenas propiciam vidas pequenas, e vidas pequenas são, muitas vezes, sinônimos de mentes pequenas. Estreitas. Fechadas. E algumas pessoas não se incomodam com isso. Gostam de saber onde estão pisando. Mas se você só segue os passos dos outros, não pode encontrar o próprio caminho. Não pode deixar a sua marca. Mesmo que depois de tanto tempo, só precise de um pouco de paz.

- É claro que nosso pai estaria envolvido no assassinato - Diego rumina. - Eu deveria saber.

- Não, você tá se precipitando - Cinco contesta, ligeiramente duvidoso.

- Então porque mais ele estaria naquele lugar? - Diego indaga, aumentando o tom de voz ao apontar para a imagem na tela. - Com o guarda-chuva preto aberto em um dia de sol em Dallas, no exato momento em que o presidente leva um tiro?

- Ah, pelo amor de Deus - Evie murmura. Ela ama seu amigo, de verdade mesmo, mas tem vezes que puta que pariu. Ela obviamente nunca havia passado pelo que os sete Hargreeves viviam diariamente, mas sabia que Sir Reginald se importava apenas com os próprios interesses a ponto de negligenciar várias crianças de uma vez - assassinato presidencial era simplesmente absurdo para o modos operandi do filho da puta.

- Não é um bom sinal, eu admito - concorda Cinco com um olhar alarmado.

- Não, é ele quem dá o sinal pra essa merda toda - Diego exclama.

- Calma, caralho a quatro - a garota recomenda. - Fica tranquilo...

- Não não, é sério. É o que o Hazel tava tentando te contar - ele aponta para Cinco. - Temos que impedir que o papai mate o presidente.

𝐌𝐈𝐍𝐃 𝐓𝐇𝐈𝐄𝐅 ❜ ⎯   the umbrella academy.Onde histórias criam vida. Descubra agora