Areia escorrendo
como o tempo
entre os vãos dos dedos,você desvanescendo,
como eu tento
em vão fazer com o medodesse tic-tac toda vez que
fecho os olhosvocê nos meus braços
o relógio descendo
em contagem,dez, nove, oito...
por que o tempo tem de ser tão afoito?
me concentro
no aqui
no agoraessa bruxa que chora
até apagar
ou se apegarsem querer a todas as vidas
que não pode ou quer vivervocê continua aqui,
eu checo de antemão
a outro ataque.Pouso a mão na ampulheta
do seu coração
e o ouço bater em tic-tac.— Ampulheta