24.

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Adormeço ao som da tempestade que armou,de novo, em meus olhos
desperto sob a angústia das nuvens cinzentas desatando a chorar,
já é de manhã, mas o sol, como eu, não encontrou forças para levantar.

Outra pessoa me diz que sonhou com você,
sinto inveja.
Não vejo seu rosto nem sinto seu cheiro,
há 29 malditas noites,
você não me visitou em sonhos nenhuma delas.

Você me culpa como eu me culpo?
Seu espírito vive em algum lugar?
Você vai voltar pra mim uma hora dessas numa pele nova, mas com o mesmo amor?
Isso é um castigo divino?
Eu deveria pagar,
mas não você.

— o trigésimo dia de um julho infinito

Natureza MortaOnde histórias criam vida. Descubra agora