Capítulo 16 - Brilho

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CAPÍTULO 16 - BRILHO

Quinto ano

Deuses, ele estava quente. Quente e tão, tão confortável, envolver Hermione, cuja respiração rítmica contra seu peito o embalava de volta a um sono tranquilo.

Mas Draco sabia que não poderia deixar o sono levá-lo novamente. Eles haviam concordado em tirar uma soneca rápida na cama enorme e macia que a Sala Precisa havia acrescentado ao seu espaço no início do ano, mas ele sabia que precisavam voltar furtivamente para seus dormitórios antes que alguém acordasse e começasse a fazer perguntas.

Relutantemente, Draco rolou suavemente para longe de Hermione para pegar sua varinha e lançar um feitiço Tempus. Ele sabia que Filch sempre fazia uma série final de rondas entre 1h30 e 2h, então eles precisariam cronometrar sua fuga de acordo com as tentativas desesperadas do velho de pegar os alunos fora da cama.

Pronunciando o encantamento o mais baixo possível para não acordar Hermione antes que fosse necessário, ele sussurrou: 'tempus'.

Ele não acreditou no número que pairava sobre a cama. Ele até lançou o feitiço mais duas vezes, recusando-se a aceitar a verdade.

7h45.

- Porra! - Draco se levantou, empurrando Hermione o suficiente para fazê-la rolar e gemer com a dura intrusão.

- Hermione, levante-se. Levante! É de manhã, dormimos aqui. Dormimos aqui a noite toda. Merda. Merda, merda, merda.

Ele estava correndo pela sala, pegando peças de roupa descartadas e enfiando desesperadamente as pernas nas calças da escola, quase caindo na pressa.

Ele conseguiu abotoar a camisa e estava amarrando freneticamente a gravata quando ouviu Hermione começar a rir.

Fazendo uma pausa, ele olhou para ela, irritado por ela estar apenas sentada na cama, segurando os lençóis em volta dela e sem fazer nenhum esforço para se arrumar.

- Você está se juntando à Grifinória, certo? - sua voz era provocante enquanto ela balançava a cabeça em direção ao peito dele.

Ele olhou para baixo e percebeu que estava amarrando a gravata vermelha e dourada de Hermione em seu pescoço.

Gemendo, ele arrancou e jogou nela, junto com a saia, que ela pegou enquanto ainda ria dele.

- Hermione! Você precisa se levantar! O café da manhã já começou! Como vamos sair daqui em plena luz do dia? Você quer que Umbridge nos pegue?!

Seu sorriso indulgente só cresceu à medida que o pânico crescia em sua voz.

- Por que você está sorrindo?! - ele não estava conseguindo ver nada de engraçado nessa situação.

- Eu nunca consigo ver você tão perturbado. É muito fofo. Estou me divertindo bastante.

Observando a crescente contração de sua testa, Hermione soltou um suspiro e saiu do grande dossel.

Draco foi momentaneamente distraído de seu pânico pelo fato de que ela não estava vestindo nada além de sua camiseta, sua pele dourada brilhando à luz da manhã enquanto ela caminhava em direção a ele.

Quando ela o alcançou, ela passou as mãos lentamente, suavemente pelos braços dele, parando em seu peito.

- Draco. Está tudo bem. Eu tenho o mapa e, como você acabou de dizer, o café da manhã já começou, então não será incomum andarmos pelo castelo. Ninguém vai nem me perguntar onde eu estava, todos vão presumir que adormeci na biblioteca, e você não acha que Theo e Blaise vão acreditar em você se você disser que esteve arrebatando alguma corvinal em uma sala de aula abandonada a noite toda? Não é totalmente mentira...

Amor Vincit Omnia - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora