Marjorie sentiu um calafrio ao ler a mensagem. "Precisamos conversar". Ela se perguntou quem poderia ser, mas decidiu deixar isso para mais tarde. Era seu aniversário e ela queria aproveitar o pouco de tranquilidade que restava.
Ela voltou para dentro e encontrou Sam conversando com Aisha e Billy. Sentou-se ao lado de Aisha, que a abraçou carinhosamente. O jantar continuou com risadas e histórias, mas Marjorie não conseguia tirar a mensagem da cabeça. Quem poderia querer falar com ela tão urgentemente?
Depois do jantar, Marjorie se despediu de todos e voltou para casa. Assim que fechou a porta de seu quarto, pegou o celular e respondeu à mensagem: "Quem é você?". A resposta veio quase imediatamente: "Encontre-me na floresta, perto do penhasco, às 23h. É importante."
Marjorie ficou nervosa, mas a curiosidade era maior. Ela vestiu um casaco, saiu de casa em silêncio e seguiu em direção ao penhasco. A lua cheia iluminava o caminho, e o som das ondas quebrando contra as rochas ao longe trazia uma sensação de inquietação.
Ao chegar ao local combinado, ela viu uma figura familiar esperando por ela. Era Alice Cullen.
- Alice? O que você está fazendo aqui? - perguntou Marjorie, surpresa.
- Precisamos conversar sobre sua família, Marjorie - disse Alice, com um olhar sério. - Há coisas que você precisa saber, coisas que sua família não te contou.
Marjorie sentiu um nó no estômago.
- O que está acontecendo? - ela perguntou, tentando manter a calma.
Alice respirou fundo antes de começar a explicar:
- Marjorie, você é a duplicata da irmã de Emmett Cullen. Seu sangue tem uma ligação especial com os vampiros, o que faz de você um alvo. Mas, além disso, há outra razão pela qual você é tão importante. A verdadeira irmã de Emmett, antes de morrer, fez um juramento que se transmitiu a você. Esse juramento tem um poder que pode afetar todo o nosso mundo.
Marjorie ficou atônita.
- O que você quer dizer com isso? - ela perguntou, sentindo o coração acelerar.
- Significa que sua presença aqui é crucial, e você precisa entender o papel que terá na guerra que se aproxima - respondeu Alice.
Marjorie sentiu um turbilhão de emoções.
- E o que eu tenho que fazer? - perguntou, quase sem voz.
- Primeiro, precisamos proteger você. Segundo, você terá que decidir de que lado ficará quando a guerra começar - disse Alice, com um olhar grave.
Marjorie olhou para o horizonte, onde a lua começava a se esconder e o céu se tingia de um leve laranja, prenunciando o amanhecer. Ela sabia que sua vida nunca mais seria a mesma.
- Eu preciso de tempo para pensar - disse Marjorie, a voz quase inaudível, carregada de incerteza.
- Entendo - respondeu Alice, com um sorriso compreensivo. - Mas lembre-se, o tempo está contra nós.
Marjorie assentiu e começou a caminhar de volta para casa. Cada passo parecia mais pesado do que o anterior, como se estivesse carregando o peso do mundo em seus ombros. O ar frio da noite mordiscava sua pele, mas ela mal o sentia, perdida em seus pensamentos. A floresta ao redor sussurrava segredos antigos, e as sombras das árvores dançavam sob a luz fraca da lua.
Ao chegar, encontrou Sam esperando por ela na varanda, a figura dele recortada contra o brilho suave das primeiras luzes do amanhecer.
- Onde você estava? - perguntou ele, a voz carregada de preocupação.
- Eu... precisava de um tempo sozinha - mentiu Marjorie, tentando esconder a turbulência interior.
Sam a olhou nos olhos, e ela sentiu que ele enxergava além das palavras, diretamente na alma dela.
- Sabe que pode me contar qualquer coisa, não sabe? - disse ele suavemente, puxando-a para um abraço reconfortante.
Marjorie sentiu as lágrimas escorrerem pelo rosto, quentes e salgadas, enquanto sussurrava:
- Sim, eu sei.
Enquanto os braços de Sam a envolviam, ela fechou os olhos e se permitiu um momento de vulnerabilidade, sentindo o calor e a força dele a sustentarem. No fundo, ela sabia que precisaria de toda a ajuda que pudesse obter para enfrentar o que estava por vir. A tempestade se aproximava, carregando promessas de mudanças e desafios, mas naquele instante, nos braços de Sam, ela encontrou uma ilha de paz.
O vento sussurrava entre as folhas, e as estrelas, uma a uma, começavam a desaparecer, cedendo lugar ao brilho tímido do novo dia. Marjorie respirou fundo, absorvendo a tranquilidade efêmera do momento. Ela sabia que, apesar das incertezas e dos perigos que espreitavam no horizonte, não estava sozinha. O amor de Sam, a força da matilha, e a misteriosa conexão com os Cullen seriam sua âncora e sua guia.
Com o coração mais leve, Marjorie olhou para o primeiro raio de sol que cortava o céu, prometendo um novo começo. A alvorada trazia consigo a esperança, e ela decidiu que enfrentaria o futuro com coragem e determinação, um passo de cada vez, sabendo que, no fim, o amor e a amizade seriam suas maiores armas contra qualquer escuridão.
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