Capítulo 8

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Assim que entrei na mansão dei de cara com Berenice, a mesma parecia nervosa, tanto que me aproximei e a mesma me informou o que aconteceu em minha ausência

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Assim que entrei na mansão dei de cara com Berenice, a mesma parecia nervosa, tanto que me aproximei e a mesma me informou o que aconteceu em minha ausência.

Mamãe havia tido um surto, agredido a enfermeira e a mesma ameaçou dar parte. Berenice ligou para Elisa, e Otávio como o bom advogado que era, deu conselhos a mulher e a mesma apenas preferiu se demitir, alegando que aguentou coisas demais de uma velha que era para estar internada. Fazia tempo que Elisa e eu conversamos, decidindo mantê-los dentro de casa com os devidos cuidados para que não piorassem e tudo ficasse ainda mais difícil.

— As coisas estão ficando cada vez mais insustentáveis. — Disse Elisa sentando-se ao meu lado no sofá da grande sala. — Nenhuma enfermeira para nessa casa, apenas a Lucy, que cuida do nosso pai.

Concordei, havia mandado uma mensagem para a agencia avisando que mandasse outra enfermeira urgentemente para amanhã, pois eu precisava trabalhar e não podia ficar cuidando dela. Mamãe tinha seus picos de delírio e lucidez, a depressão foi bem agressiva, mas ela ainda se lembrava de nós. Nos confundia as vezes, mas pelo menos tentava se comunicar. O problema de papai era justamente a demência que o deixava lucido e de vez em quando sem reconhecer ninguém. Era duro para nós, mas precisávamos conviver com isso. Estava tão inerte em meus pensamentos que não notei quando Otávio indagou:

— Quem era o rapaz que te trouxe? — Perguntou, e Elisa me olhou franzindo o cenho, curiosa.

— Um amigo, o conheci na empresa e estamos nos conhecendo!

— Achei que daria uma chance ao pobre do Thales, o menino arrasta uma asa besta para você. — Elisa debochou, pegando Diego nos braços. Hoje a mesma resolveu deixar de besteiras e apresentou o filho a nossos pais. Obvio que não tiveram uma reação de felicidade, mas o trataram com carinho.

— Não, Thales e eu somos só amigos! — Exclamei, tentando não aprofundar no assunto, pois ainda não estava preparada para contar sobre o quanto eu e Renato estávamos envolvidos.

Não tínhamos intitulado nada ainda, então não haveria motivos para comunicar a família. Elsa nos deu notícias na hora do jantar, avisando que estava de férias e viria para casa. Agradecemos pela união que sempre tivemos e enfim Elisa voltou para sua casa e eu continuei com meus afazeres. Renato me mandou uma mensagem dizendo que sentia saudades e queria repetir o dia de hoje. Sorri, feito uma boba apaixonada. Não podia mais negar, estava louca por ele. Só não cometi a loucura de transar naquele sofá porque a consciência bateu forte, avisando que ainda não era hora e nem lugar para aquilo acontecer. Ainda era cedo.

No dia seguinte, tudo correu de forma tranquila. Não vi Renato e Thales estava cada vez mais desconfiado, pois eu era uma pessoa que não conseguia disfarçar os sentimentos. O expediente estava prestes a acabar e eu ainda tinha muito trabalho para fazer pois Renato me mandava mensagens e eu sempre o respondia prontamente, me distraindo dos meus afazeres.

— Sabia que sua irmã está curiosa em relação ao tal rapaz? — Indagou Otávio, de repente, chegando de fininho na cafeteria da empresa.

— Ai! Otávio, que susto! 

— Só estava passeando e vir tomar um café, estou vendo uns contratos da empresa que sua irmã me pediu.

— Porque não advoga para nós, seria tão mais fácil.

— Não, deixe que o Bruno lide com tudo, seu pai sempre confiou nele e estou satisfeito com meu escritório.

— O que fez com o outro que você tinha em Nova York? — Quis saber, pois era um assunto pouco comentado.

— Deixei nas mãos do meu sócio, Gabriel. Ele está resolvendo tudo por lá.

— Não tem vontade de voltar? — Era bonito ver o quanto ele amava a minha irmã, e dou graças por ter voltado ou Elisa viveria infeliz, pois sempre o amou desde quando ainda era adolescente.

— Não, apenas para passeio com minha família. Elisa prefere criar o Diego nas origens dela. — Contou, sorrindo.

— Fico feliz, pois não quero ficar longe de vocês, principalmente do meu sobrinho.

Depois de conversarmos mais um pouco, voltamos ao trabalho e as horas voaram, estava prestes a pegar minhas coisas quando Elisa me abordou na saída da empresa, avisando que teria uma conversa séria comigo. Achei aquilo estranho, mas esperei até que a mesma resolvesse algumas questões para que finalmente pudéssemos conversar.

— Está tudo bem? — Perguntei, assim que entramos no carro seguimos para o apartamento onde ela morava atualmente. — Aconteceu algo?

— Sim, nada está bem. Fabíola me contatou hoje, alertou sobre uma invasão no sistema operacional da empresa. Não sei o motivo, mas ela ainda está checando para saber se alguma informação sigilosa foi roubada ou alterada.

— Como assim? Isso nunca nos aconteceu, nem na época do nosso pai.

— Pois é, estou cismada, mandei que averiguasse para saber se o ataque surgiu de dentro ou fora da empresa.

— Está suspeitando de alguém? Mas os funcionários são antigos, jamais fariam isso.

— Não sei, temos que ficar de olhos bem abertos.

Uma sensação ruim me invadiu assim que pensei nas vezes em que Renato me visitou na empresa, algo nele era estranho e as vezes sombrio, mas ele não seria capaz de uma atrocidade dessas. Seria?

❤️❤️❤️

Beijos e até o próximo capítulo

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Beijos e até o próximo capítulo...

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