Epílogo

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A vingança era um prato que se comia frio, e agora eu estava sofrendo as consequências dos meus atos impensados

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A vingança era um prato que se comia frio, e agora eu estava sofrendo as consequências dos meus atos impensados. Titia veio me visitar no dia seguinte e revelou saber de tudo o que houve no passado dos meus pais. Meu primo, que até então não falava comigo por causa disso, me deu a chance de explicar e aconselhou-me a procurar a CEO e devolver tudo o que eu tinha roubado da empresa. Eu aceitei, pois queria resolver isso e tocar minha vida em paz. Eliane não queria mais nada comigo e eu ainda tentaria reconquista-la. Ao decorrer dos dias mandei diversas mensagens, pois queria saber como estava sua gravidez, porque o filho também era meu e eu tinha direitos. As semanas passaram e solicitei uma reunião com a CEO, queria resolver tudo e estava até pensando em vender o meu apartamento e sair da cidade, pelo menos até a poeira baixar, pois não sei o que de fato estava acontecendo na empresa, se os funcionários sabiam do golpe ou se o conselho decidiu encobrir para que o escândalo não afetasse a publicidade da mesma. Mais como eu conhecia um pouco de seu funcionamento, poderia supor que eles preferiram deixar as coisas entre eles para que o patrimônio de Elvis fosse prejudicado. Com certeza não era isso que as irmãs queriam.

— Preciso conversar com Elisa Antonelli. — Pedi, e sua secretaria prontamente passou o recado, me pedindo para esperar um pouco, pois a mesma estava em reunião.

Aguardei, tentando mais uma vez falar com Eliane, que insistia em ignorar minhas mensagens. Mas eu tinha um plano, depois que resolvesse minhas pendencias com a CEO, a esperaria chegar e conversaria pessoalmente, dessa vez a mesma não fugiria de mim.

— Olá, Renato. Soube que conversou com meu pai, espero que esteja satisfeito com as explicações que o mesmo deu sobre o ex-sócio da empresa, vulgo, seu pai. — Elisa falou, de repente, apontando para sua sala. Levantei-me do sofá de espera e entrei, sentando-me novamente em uma das poltronas disponíveis de frente para sua mesa. Queria resolver logo aquela situação e ir embora, não estava mais aguentando frequentar aquela empresa. A mesma que eu queria destruir e acabei quebrando a cara, pois pelo que entendi, Otávio já sabia de absolutamente tudo e apenas deixou que eu completasse o objetivo para que me sentisse vitorioso. No início eu senti uma sensação diferente, mas não tinha sido de vitória e sim estranheza porque eu não era esse vilão que todos pensavam.

— Eu estou satisfeito, por isso vir aqui. Estou com o recibo da transferência que eu realizei mais cedo. — Mostrei-a o papel e a mesma depositou umas folhas sobre a mesa.

— Aqui está um acordo amigável, meu marido o preparou com cautela e todos os seus direitos foram garantidos. — Afirmou, passando-me a caneta.

— Eu agradeço, mas não tenho direito a nada. Meu pai fez sua escolha no passado, não importa as circunstâncias. — Falei, agradecendo a sua generosidade, mas algo em mim sentia que deveria deixar tudo aquilo para trás e seguir adiante.

Estava prestes a pegar o elevador quando o mesmo se abriu e Eliane se sobressaltou, na certa não esperava que eu aparecesse aqui tão cedo, pois ainda não acreditava que eu tinha boas intenções, também, não poderia julgá-la, porque não fui um bom rapaz desde quando a conheci nessas mesmas circunstâncias.

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