Capítulo 6

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Quando me beijou naquela sala de cinema, decidi aceitar meus sentimentos e contar toda a verdade

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Quando me beijou naquela sala de cinema, decidi aceitar meus sentimentos e contar toda a verdade. Não poderia começar um relacionamento a base de mentira. Por isso pedi para que me levasse até sua casa, pois o endereço que lhe dei era o da minha irmã, pois não poderia de forma alguma deixar que me lavasse para a mansão. Não poderia arriscar que os funcionários me vissem e papai soubesse de algo, apesar de estar doente, o mesmo as vezes fica lucido e age como se ainda fosse dono de si mesmo. Elisa pensou em interdita-lo, mas eu não deixei, pois, papai estava bem do jeito que estava, não precisava tomar nenhuma atitude drástica a não ser que fosse realmente necessário. Elsa não se metia nesses assuntos, pois tinha raiva por ter sido praticamente deserdada e ter que depender de Elisa para bancar seus estudos e necessidades básicas. Como não obtive resposta de Renato, deixei todos os pensamentos de lado e tomei a taça de vinho que me deu em um só gole, queria me acalmar, pois estava tensa demais.

— O que? — Disse, de repente, deixando a taça sobre o muro que dividia a sala da cozinha.

— Eu sou uma Antonelli. — Repeti, pois parecia que o mesmo não havia entendido o que eu havia dito.

— Você é irmã da CEO? — Perguntou, sentando-se ao meu lado. — Porque não falou nada?

— Desde que papai me colocou para trabalhar como estagiaria, eu jamais falei aos meus colegas que era filha dele, apenas quando Elisa assumiu o cargo, foi que algumas pessoas acabaram descobrindo e. — Parei, pois o mesmo havia levantado a mão, parecia chocado com a revelação.

— Thales sabia, por isso ficava insinuando coisas a mim. Dizendo que eu jamais me interessaria por você, mas se por acaso soubesse quem era, ai sim! — Contou, me deixando chateada, pois era realmente por isso que eu não contava nada sobre minha verdadeira origem.

— Ele sempre disse que era bom falar a verdade, ou todos iriam ficar chateados comigo, mas eu não quero saber o que ele acha e sim o que você pensa sobre isso?! — Eu nunca me importei com os pensamentos de Thales, pois sabia que todo aquele teatro era para que eu cedesse e caísse em seus cantadas baratas.

— Eliane, eu estou chocado, jamais pensei que você fosse rica, mas algumas vezes notei certas coisas que me fazia desconfiar. Os endereços que me dava, o carro que você disse não ser seu e a foto do filho da CEO em sua mesa. — Disse, fazendo-me lembrar que eu realmente tinha uma foto do meu sobrinho em cima da mesa, pois gostava de olhar para ele enquanto trabalhava por que de uma certa forma significava esperança, de que um dia ele amolecesse o coração da mãe em relação aos pais que ela, de alguma forma insisti em negligenciar. — Tudo isso me fazia pensar, mas você sempre me dava explicações e eu acreditava.

Fiquei completamente cabisbaixa porque pela primeira vez na vida alguém havia se interessado por mim e como sempre eu estava fazendo tudo errado, deixando que meus medos e inseguranças afetassem o meu primeiro envolvimento amoroso. O jeito que Renato me olhava agora era completamente indecifrável, era difícil saber como seria agora que ele sabia a verdade sobre mim e a minha família.

— Desculpa, eu não queria ter mentido, só estou cansada que as pessoas olhem para mim e só vejam o meu dinheiro! — Exclamei, me levantando e deixando a taça sobre a pequena mesinha que tinha em frente ao sofá que eu estava sentada.

— Onde pensa que vai? — Falou, pegando suavemente meu braço.

— Não está chateado?

— Isso não é motivo para me fazer desistir de você! — Disse, se aproximando e puxando-me mais para ele.

Sorri quando seus lábios quentes tocaram os meus, o gosto do vinho se sobressaindo a partir do momento em que o beijo se tornou mais urgente e caímos deitados sobre o sofá. Nos agarramos ali até o momento em que notei meu vestido subindo lentamente enquanto suas mãos percorriam minhas coxas nuas e sua boca correu para o meu pescoço, deixando-me arrepiada, mas eu precisava me orientar ou cometeria uma loucura.

— Renato, preciso voltar para casa! — Falei, interrompendo nosso momento, o mesmo parecia estagnado com a minha sentença.

— É sério?

— Sim, queria muito ficar, mas as coisas estão indo rápido demais entre nós.

— Entendo, me deixa te levar para casa então? – Pediu, pegando em minha mão. — Dessa vez para o endereço certo.

Cedi, pois lhe devia isso, pela mentira que fiquei sustentando por semanas. Depois de arrumarmos tudo, desdemos e entramos no carro, lhe dei o endereço da mansão e o mesmo não me pareceu tão surpreso ao fato de ser um condomínio fechado. Minutos depois, passamos pelo pedágio e pedi para o porteiro liberar a passagem, pois tudo ali era extremamente seguro porque papai construiu aquela casa pensando em nossa segurança, pois ele é bilionário e muito visado.

— Entregue. — Disse, assim que parou o carro em frente a porta principal.

— Obrigada, e desculpa pela mentira. — Pedi, mais uma vez.

Ele balançou a cabeça em negativa e selou nossos lábios, demonstrando que tudo o que eu estava vivendo era real e aquele não seria o nosso último encontro.

❤️❤️❤️

Beijos e até o próximo capítulo

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Beijos e até o próximo capítulo...

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