Capítulo 4

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Semanas depois

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Semanas depois...

Quando eu encerrei o expediente naquele dia, jamais pensei que minha vida mudaria tanto, estou mais comunicativa, sorrindo atoa, suspirando pelos cantos, seja em casa ou até na empresa. Elisa desconfiava, fazia perguntas e eu não as respondia, tinha medo da reação dela se soubesse que eu estava de paquera com um de seus investidores. Pois é, quando ele mencionou que estava em busca de uma parceria, comentei sobre os tipos de negócios que minha irmã estava prestes a começar, ele aceitou e desde então tudo corre bem. Renato e eu continuamos amigos, saímos de vez em quando, mas algo nele me incomodava, sentia que não estava sendo completamente sincero comigo. Thales enciumado, tinha suas próprias teorias de que um homem importante como ele, não haveria de querer nada com uma simples estagiarias, mas se por acaso ele soubesse quem realmente eu era, talvez aceitasse uma coisa mais séria.

Era esse o meu problema dentro daquela empresa, as pessoas me olharem enxergando somente o meu dinheiro ou a posição naquela empresa que nem era de fato minha e sim do meu pai que estava doente e não tinha mais condições de decidir nada. Por isso que minha irmã como primogênita assumiu seu lugar, ou também estaria em nível baixo assim como eu. Mas diferente de mim, ela nunca fez questão de esconder quem era, mas eu notava o jeito exagerado que olhavam para ela. Como se ela fosse a rainha da Inglaterra.

— Oi, o que você vai fazer hoje à noite? — Thales perguntou, assim que chegou perto da minha mesa.

— Ah, não sei. Vou para casa, preciso ver meus pais. — Falei, uma meia verdade, tinha marcado de ir ao cinema com Renato e não queria ver o meu amigo chateado.

Semana passada conversei com ele, mas o mesmo pareceu não dar a mínima, ainda acha que estou me iludindo com Renato, mas a verdade é que não consigo me afastar, ele é tão doce e gentil, estou cada vez mais envolvida. O problema é que quando saímos ontem da empresa, notei que havia uma mulher nos seguindo, não sei exatamente quem era, mas parecia estar de olho em nós dois. Não o questionei porque poderia ser apenas paranoia da minha cabeça.

— Está certo, então até amanhã. — Se despediu, e voltei ao trabalho, precisava organizar tudo e sair na hora certa. Havia marcado com Renato na porta do cinema, assim ele não inventava de me buscar em casa como se eu fosse uma donzela indefesa.

Horas depois, estava completamente pronta e arrumada para o meu primeiro encontro com Renato, pois estávamos apenas saindo como amigos e hoje ele resolveu deixar bem claro que era um encontro. Fiquei com um frio na barriga, quando pegou minha mão e deixou um beijo delicado como se fosse perfeito cavalheiro, seu gesto me fez lembrar daquele dia, em que precisei pegar um táxi e descer onde estava o meu carro. Um dia completamente inesquecível para mim, pois foi onde ele me abraçou de repente e acabou me dando um beijo no canto da boca. Eu comecei a suspirar dentro do Uber, pois não arriscaria vir de carro, ou ele saberia a verdade.

Quando cheguei no shopping, ajeitei o cabelo e andei até onde ficava o cinema. Queria poder olhar os filmes e escolher o que iriamos ver, mas tive uma pequena decepção quando notei que o mesmo que me convidou para estar aqui, tinha uma acompanhante. Eu poderia ir embora e fingir que nada aconteceu, mas isso não seria certo. Caminhei até onde estava com a desconhecida e toquei levemente o seu ombro. O mesmo sorriu ao me ver e parecia que nada estava acontecendo, tanto que se aproximou e tentou me abraçar, mas eu precisava de explicações.

— Quem é a moça? — Perguntei, sem rodeios. O vi empalidecer e fechar a cara enquanto a olhava.

— Ninguém, apenas uma conhecida, mas está de saída! — Falou, encarando-a, sério. A mesma pareceu entender e foi embora.

Tudo era estranho, mas para não estragar o nosso momento, deixei para lá e seguimos para ver os cartazes. Nisso Elisa me ligou e precisei disfarçar, a mesma queria saber onde eu estava e porque não havia chegado em casa ainda. Com certeza Thales fofocou que eu sairia depois do expediente e deixou minha irmã mais velha preocupada. Elsa não dava notícias a semanas, e pensei em viajar para o estado onde está estudando, apenas para saber o que aconteceu e o motivo de nos deixar sem informações.

— Esse deve ser bom, podemos ver se quiser. — Sugeri, assim que paramos de frente a um cartaz onde tinha informações sobre o filme.

— Eu topo, adoro comedias românticas.

Dito isso, compramos os ingressos, pipocas e entramos na sala escura. Nos sentamos nos assentos indicados e esperamos que o filme começasse. Confesso que estava nervosa, nunca tinha vindo ao cinema acompanhada de um rapaz como ele, bem-apessoado e parecia estar interessado em mim. Eu não queria me iludir, mas estava sentindo coisas que jamais pensei em sentir. Achava bonito o amor que Elisa e Otávio sentiam um pelo outro, a forma como se conheceram no passado e depois que se reencontraram anos depois. Apesar da armação feita pela sogra, Elisa não se deixou abater, e hoje vivi o amor que sempre sonhou.

Quando o filme começou, comemos a pipoca, tomamos nossos refrigerantes e o nervosismo começou a me dominar, o que ele queria? O que faria agora que estávamos apenas prestando atenção na tela?

Senti seu braço passar por meus ombros e aceitei, nervosa. Apoiei minha mão no braço da cadeira e toquei levemente sua coxa, um ato impensável, eu sei, mas não consegui me conter. A quentura subia pelo meu corpo e eu fiquei sem controle. Ele percebeu, tanto que alisou minha nuca e puxou levemente os meus cabelos, puxando-me para si. O cinema estava quase vazio e estávamos nas cadeiras de cima, ninguém ia nós ver ali no escuro. O nervosismo me fez apertar sua coxa e ele tomou aquilo como um incentivo.

— Não sabe o quanto esperei por esse momento! — Sussurrou, mordendo minha orelha. Deixando-me na beira da loucura.

— Renato... — Gemi, quando alisou minha coxa, levantou o braço da cadeira e me puxou para seu colo. — Alguém pode nos ver.

— Não vão, estão entretidos no filme. — Disse, beijando meu pescoço e alisando minha cintura.

— Que isso! — Ri, da sua ousadia.

— Não gosta? — Falou alisando minhas pernas, pois eu estava de vestido e isso facilitava o seu acesso.

— Não é isso, eu nunca... — Colocou os dedos entre meus lábios e aproximou o rosto do meu.

— Não farei nada que ultrapassei seus limites, eu garanto. Mas há uma coisa que eu preciso fazer agora, ou vou enlouquecer.

— O que?

— Beijar você!

❤️❤️❤️

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