Dulce Maria
Depois da sessão esfregação, Christopher acabou indo embora de madrugada, e ao me deitar para dormir, estava muito satisfeita. Se as coisas continuassem daquele jeito, em breve ele aceitaria fazer o serviço completo.
Quando acordei, passava um pouco das 9h da manhã. Eu estava especialmente animada, e o fato de ser sábado, apenas me deixou ainda mais vibrante. Como minha geladeira estava vazia, aproveitaria meu bom humor para ir fazer compras.
Depois de fazer minha higiene matinal, fui até a sala, peguei os copos que estavam espalhados e avistei uma carteira marrom, com estampa da Louis Vuitton, caída no tapete, perto do sofá.
Sabia que não era educado mexer nos pertences dos outros, mas a curiosidade que herdei de minha mãe falou mais alto, por isso abri a carteira para ver o que ele guardava nela. Havia sua habilitação e muitos cartões de crédito, além de uma foto dele com a família: pai, mãe, irmã e... Franzi o cenho ao encontrar duas camisinhas.
Pelo menos ele anda prevenido, Dulce!
Voltei a atenção para seu documento de habilitação e sorri. Christopher era um homem lindo, o mais lindo e gostoso que conheci na vida. Mal tinha acordado e já estava louca para sentir suas mãos no meu corpo outra vez.
Sossega esse facho, garota!, meu lado racional tentou alertar, mas eu não estava nem aí. Meu cérebro e meu corpo estavam movidos pela vontade de me entregar a Christopher Uckermann. Tive vontade de sair correndo e ir até a cobertura, para entregar a carteira, mas tinha que me acalmar e parar de agir por impulso. A última coisa que um homem como ele gostaria, era de que uma louca obcecada por sexo, aparecesse em seu apartamento, num sábado de manhã, com uma desculpa esfarrapada.
Tudo bem que não era esfarrapada, mas não precisaria ir até lá naquele momento. Além disso, ele ainda devia estar dormindo, então, esperaria mais um pouco.
Com isso resolvido, voltei a pegar tudo o que estava espalhado pela sala, coloquei as louças na lavadora, fui trocar os lençóis da minha cama e juntei as roupas sujas para lavar. Sem mais nada para fazer, fui tomar um banho e lavar o cabelo.
Depois que o corpo estava hidratado e o cabelo seco, vi que já haviam se passado duas horas, tempo suficiente para ele ter acordado e eu não parecer desesperada, apenas preocupada e solícita.
Optei por colocar uma roupa simples e acrescentei meus óculos de leitura. Depois do body provocante da noite anterior, queria mostrar que aquela era apenas uma faceta minha e, claro, não queria assustá-lo. Por isso mesmo também resolvi não colocar maquiagem, queria que ele gostasse de mim, por mim, e estava me sentindo linda daquele jeito.
Peguei a carteira dele, meu celular e minhas chaves e entrei no elevador. Ao apertar o botão da cobertura, sorri, estava morrendo de saudades dele, mas tinha que me controlar.
Quando fiquei em frente à sua porta, dei uma ajeitada no meu vestido florido, solto e rodado que, apesar de ser curto, era despretensioso, quase angelical. Alisei o cabelo e suspirei fundo. Toquei a campainha e esperei, mas ele não foi atender; tentei mais uma vez e nada, quando já estava quase desistindo, a maçaneta girou.
Para minha surpresa, quem abriu a porta foi uma senhora muito bonita e sorridente.
— Desculpe a demora — falou, simpática. — Sou Alexandra Uckermann, mãe de Christopher.
Senti todo o sangue sumir do meu rosto. Fiquei olhando para a mão dela estendida, sem saber o que fazer. Depois de dois séculos, aceitei o cumprimento e balbuciei:
— Hum. Meu nome é Dulce Maria Saviñon, sou vizinha dele.
— Você é inglesa! Amei o seu sotaque. Agora entre, querida, ele está no banho.
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O CEO dos meus sonhos
RomanceMudar para Nova York não era apenas uma promessa de vida independente, eu sentia uma grande necessidade de descobrir outros mundos e sabores; sair da redoma de vidro onde passei os últimos anos e sentir o verdadeiro gosto da liberdade. Eu estava cer...