Dulce Maria
O voo até Nova York foi tranquilo e, diferente do que meus pais planejaram, dispensei o motorista e preferi pegar um táxi. Eu queria sentir o gosto da liberdade, queria contrariá-los, só para me sentir um pouco rebelde. Era idiota, mas era real.
Conforme o carro rodava pelas ruas de Nova York, eu me sentia cada vez mais deslumbrada. Toda aquela gente caminhando de um lado para o outro, o mar de carros, o barulho, a poluição...
Nossa, que delícia!
Não era a minha primeira vez na cidade, longe disso. Mas sempre ficava fascinada com cada detalhe. Esperei a vida toda para morar ali e aproveitaria cada momento, mesmo quando estivesse trabalhando.
Tinha combinado com meus pais que eu moraria no apartamento da família e ajudaria meu pai a administrar os bancos de Nova York, cuja sede administrativa ficava no coração da cidade. Eu só começaria em alguns dias e até lá, queria dar uma volta pela cidade e também aproveitar para fazer uma visita surpresa no setor em que atuaria.
Assim que entrei no apartamento, em uma região nobre da cidade, percebi que eles haviam feito algumas reformas.
Minha mãe era uma arquiteta renomada e, conforme olhava tudo mais atentamente, confirmava minha suspeita de que tinha dedo dela em cada detalhe. A sala era enorme, com pé direito alto e janelas panorâmicas com vista para o Central Park. Tudo tinha tons claros, dos móveis modernos às paredes, exceto por um ou outro objeto ou quadro, em tons um pouco mais vivos, criando um lindo contraste.
Apesar de saber que moraria ali por muito tempo, estava curiosa para ver tudo, por isso dei uma olhada na varanda, depois passei pela sala de jantar e fui até a cozinha, ficando cada vez mais encantada. Era incrível como ela fazia todos os ambientes conversarem.
Depois ligaria para mamãe e elogiaria seu trabalho, pensei, animada, enquanto ia em direção ao meu quarto, que seguia o mesmo estilo leve e elegante.
Durante o meu soninho de beleza, tive um sonho bem quente com o gatão do Christopher Uckermann, mas nada que um banho gelado na manhã seguinte, não tenha resolvido.
Saí do meu closet e enquanto penteava os cabelos, fiquei pensando em como tinha sido a reação dele ao ficar sabendo da minha recusa em aceitar seu disputadíssimo convite.
No mínimo, achou grosseria de minha parte. Bom, azar o dele.
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O CEO dos meus sonhos
RomanceMudar para Nova York não era apenas uma promessa de vida independente, eu sentia uma grande necessidade de descobrir outros mundos e sabores; sair da redoma de vidro onde passei os últimos anos e sentir o verdadeiro gosto da liberdade. Eu estava cer...